Quem assistiu a série “Wandinha Addams”, certamente ira se lembrar da escola chamada “Nunca Mais”. Ela não é apenas um local de aprendizado peculiar, mas um símbolo irônico da nossa própria resistência à mudança. Em um cenário onde o bizarro, muitas vezes, é rotina, o nome da escola nos desafia a repensar velhas práticas e abraçar a transformação.
Aliás, como seria ótimo se existisse uma escola assim. Principalmente para aqueles que se apegam obstinadamente a seus métodos antiquados e já gastos, presos em padrões imutáveis, especialistas em ignorar o óbvio, e que continuam a girar a mesma roda antiga com uma determinação impressionante.
Acreditam serem verdadeiros os aplausos recebidos por uma plateia amestrada, formada em sua maioria por patrocinadores míopes que acreditam ser uma nova forma de arte, quando, na verdade, é uma espécie de curso de especialização (masteclass) de como continuar se afundando no mesmo buraco sem perceber a escada que poderia levá-los para fora.
É realmente fascinante, observar como alguns indivíduos e instituições, em um espetáculo quase cômico de imobilismo, insistem em seguir a mesma fórmula falida, repetindo ações que já demonstraram ser ineficazes com consequências às vezes irreversíveis. “Especialistas” em manter o status quo, muitas vezes alegando que sua abordagem é “tradicional” ou “provada”, como se a estagnação fosse uma virtude e não um sinal claro de obsolescência.
A escola “Nunca Mais” da famosa série, é um convite velado para uma constante busca por uma reeducação criativa, onde se possa aprender a importância de, pelo menos, tentar inovar. Uma espécie de curso intensivo, onde se abraça o novo e abandona o velho, com aulas sobre como reconhecer que o mundo ao seu redor evoluiu – e que evoluir não é um sinal de fraqueza, mas de sabedoria.
A personagem Larissa Weems diretora da escola, vive repetindo “A Escola, Nunca Mais, é um espaço seguro, onde todos os estudantes podem aprender e crescer”. Esta pode até ser uma obra de ficção, mas sua mensagem é real e concreta.