
Talvez você conheça alguém ou tenha um caso parecido na família, que endossa as estatísticas do IBGE sobre o assunto. Segundo o órgão, são 10,9 milhões de jovens entre 15 e 29 anos que estão nessa situação: nem trabalham e nem estudam, ou seja, 1 a cada 5 jovens.
Isso representa uma perda significativa de capital humano. Jovens que poderiam estar contribuindo para o crescimento econômico do país estão, em vez disso, à margem da sociedade. Isso resulta em menor produtividade e inovação, além de aumentar a dependência de programas assistenciais, sobrecarregando os cofres públicos. O impacto é devastador, pois jovens nesta situação estão mais suscetíveis a problemas de saúde mental, envolvimento com atividades ilícitas e marginalização social.
Para reverter essa situação, são bem-vindas políticas públicas eficazes, como investimentos em educação de qualidade, com foco em habilidades técnicas e formação profissional, programas de estágio e aprendizagem que facilitem a transição da escola para o mercado de trabalho, entre outras. Mas a sociedade também tem um papel fundamental neste contexto; as famílias e a comunidade precisam estar engajadas em apoiar e motivar os jovens a buscar alternativas produtivas.
A geração nem-nem é um sintoma de problemas mais profundos que precisam ser abordados com urgência. A inação não é uma opção. É necessário um esforço conjunto entre governo, setor privado e sociedade civil para criar um futuro onde todos os jovens tenham a oportunidade de estudar, trabalhar e contribuir para o desenvolvimento do país. Somente assim poderemos transformar a realidade dessa geração. O que desejamos do futuro dependerá do que semeamos no presente.

