Mariangela e sua paixão pelas vendas
Mariangela Barrachi dos Santos, casada com Denir Ferreira dos Santos, mãe de Bruna e Bárbara é, antes de tudo, uma mulher carismática, religiosa, inteligente e extremamente elegante. Está, junto com o marido, há 25 anos a frente das empresas “Ao Barulho”. Mariangela nasceu para o comércio, sabe comprar e sabe vender. Esta mulher se sucesso, guerreira e dinâmica conta aos nossos assinantes um pouquinho de sua vida para que, no final tenhamos, todos nós, muito prazer em conhecê-la.
Quando começou esta paixão pela moda?
Desde pequenininha! Sou a mais nova de seis irmãos, tem a Cleusa, que é a mais velha, depois quatro irmãos e eu. Morávamos na fazenda e minha mãe fazia roupas para todos nós, ela comprava os tecidos, que eu ajudava escolher, costurava as roupas, mas eu já tinha uma imensa predileção pelas roupas prontas. Assim, eu vendi mangas para comprar minha primeira calça jeans. Eu estudava aqui, na cidade, vinha de ônibus da fazenda, trazia as mangas e as vendia na porta da escola. Aí, descobri meu dom para vendas. Sempre gostei, desde pequenininha. Quando estava na quarta série, mudamos para cidade, mas, veja só, na nossa casa, aqui na cidade, tinham dois pés de mangas, na rua 16, onde minha mãe reside até hoje, e eu vendia essas mangas também. Fomos crescendo e minha predileção pelas roupas prontas cresceu comigo. Minha irmã e eu começamos a vender roupas em casa. Naquela época, São Paulo era um sonho, mas tinha medo de me aventurar por lá, então ia até Ribeirão Preto e trazia as roupas. Vendia tudo!!!
No seu conceito, o que é uma mulher elegante?
É uma mulher que veste uma roupa que fica adequada a ela. Na loja, observamos o que a cliente está vestindo para oferecer algo a ela. Cada pessoa tem um estilo. Não existe mais aquele rótulo que a pessoa tem que ser magra e alta para ser elegante. Não! A mais cheinha, a mais baixinha podem estar elegantemente vestidas se escolherem a roupa de acordo com seu estilo. Hoje, por exemplo, investe-se muito na roupa Plus Size, a mesma tendência de moda que existe para o número pequeno, existe para o grande. A pessoa tem que se sentir bem dentro da roupa. E tem mais, cai por terra o mito de que é caro vestir-se bem. Sabendo escolher e não sair do seu estilo, a pessoa fica bonita, elegante e não paga mais por isso.
O que não pode faltar na elegância?
Um sapato de salto! Ele faz toda a diferença. Mas, aí entra o bom-senso que a gente fala tanto. Uma roupa pode ser simplesinha, se for acompanhada pelo salto, muda a estética e fica chiquérrima. No entanto, não cabe um “saltão” em qualquer lugar e a pessoa precisa também saber andar com o salto, se ela ficar torta perde toda a elegância, aí é melhor mudar de sapato (risos).
Se não fosse uma empresária da moda, o que seria?
Fui professora durante algum tempo. Trabalhei também na APAE. Quando morei em Presidente Bernardes (Denir foi ser gerente das Pernambucanas lá), com os pontos que eu adquiri aqui, substitui uma licença gestante e, assim, quando voltei fui ser estagiária por meio período na Escola Enoch, mas, nesta época, já tínhamos a loja, eu que fazia as compras e como não gosto de faltar, optei pela loja e deixei o magistério. Ainda hoje faço as compras para loja. Amo fazer isso. Me sinto renovada cada vez que vou a São Paulo. Para mim é como ir a uma palestra, absorvo tudo à minha volta, gosto do fluxo de pessoas, quero saber das tendências, adoro ficar no meio de gente. Nasci para isso.
No domingo, você descansa?
Nem pensar! Vamos para a Igreja, depois vamos para o programa de rádio onde fazemos nosso marketing, na Rádio Alternativa, onde me interajo com as pessoas. Saio de lá e vou para a Rádio Sefe, as pessoas ligam, conversam comigo, faço sorteio de prêmios, falo das promoções da loja, toda semana tem novidade… Esta semana, por exemplo, é do “Fest Jeans”, onde tem até peças que saem de graça. Faço também vídeos, todos os dias, virou uma novela (risos). Há uma equipe formada pelo Denir, Vivian e Bruna, na administração, que elabora as promoções para o mês inteiro. Fazemos uma reunião no início do mês com todos os gerentes. São 17 gerentes que ficam até o meio-dia, a Bruna, o Danilo, minha irmã, eu, todos da administração, organizando as promoções para o mês inteiro. Também prezamos muito nossos funcionários. É uma família. Um funcionário só é dispensado quando ele não quer mesmo continuar. Um dos segredos do sucesso é fazer o que a gente gosta e estou cercada de pessoas que fazem, como eu, o que gostam.
Com tantas atividades, sobra tempo para ver televisão?
Adoro as novelas. Vi os capítulos dessa que acabou da Ritinha, da Bibi (risos)… Acompanho para ver o que as artistas estão vestindo, as roupas da Bibi Poderosa, por exemplo, já estão na banca, as pessoas gostam e pedem!
Falta algo para realizar ainda?
Posso dizer, sem medo de errar, que sou muito realizada. Faltam apenas chegar os netinhos. Até com a política me senti realizada, conheci muita gente como a segunda dama da cidade, participei de muitos eventos, acompanhei o desenrolar da política e posso afirmar que aprendi muito. Para o futuro, deixo nas mãos de Deus. Hoje sou realizada como mulher, mãe, empresária, esposa e não temo a velhice, pelo contrário, estou preparada para ela. Outra coisa: nunca me preocupei com a vida escolar das filhas, sempre foram responsáveis e hoje tenho um orgulho danado delas. Se tornaram pessoas de bem, trilhando, cada uma, o seu caminho. Elas sabem que somos, Denir e eu, a base delas. Apenas que recentemente tive um probleminha de deslocamento da retina e vi o quando é difícil ficar sem um dos sentidos. Fiz uma cirurgia, estou me recuperando, mas agradeço a Deus sempre. Aprendi, com minha mãe, que temos que dar valor ao que temos. Aquela velha história: “se a vida te der um limão, faça uma limonada.”
Gratidão por Guaíra!
Tenho muita gratidão por tudo por isso mesmo, vamos muito a Igreja! Ali busco meu alimento e renovo a alegria que tenho de viver. Sou grata a Deus pelas filhas abençoadas e por tudo que já passamos. Há alguns anos fazemos campanhas direcionadas ao Hospital do Câncer. Este ano entregamos mais de três toneladas de feijão, mas anos passados já levamos macarrão, arroz, leite e alimentos não perecíveis. Tenho comigo que ninguém faz nada sozinho, por isso mesmo tenho uma enorme gratidão pelo povo de Guaíra. Não só pelas campanhas de alimentos, mas, pela colaboração deles, que é imprescindível e também pela credibilidade no nosso trabalho empresarial. São 17 lojas espalhadas pela região que nasceram aqui, com o nosso trabalho e o apoio da população da nossa cidade. Poderíamos estar em qualquer cidade, mas aqui criamos nossas filhas, é o nosso reduto, é o nosso lar, o nosso chão.