
Em suas campanhas eleitorais, os dois últimos chefes do executivo chegaram a anunciar que a ETE estaria pronta, o que não é verdade. A licitação para contratação de empresa para concluir o empreendimento ainda nem foi concluída.
Nesta última semana, o jornal O Guaíra enviou questionamentos para a prefeitura esclarecer a real situação, já que a população merece respostas verdadeiras e não promessas de campanha.
As perguntas foram esclarecidas pelo departamento de obras da atual administração, através de seu secretário Fernando Rocha. Em ofício, o chefe do setor confirma que a licitação ainda não foi finalizada e que as obras só serão retomadas “assim que for emitida a ordem de serviço, após o término do processo licitatório”, no valor de R$ 417.940,21, sendo aproximadamente R$ 347.940,21 recurso do tesouro para reparar os itens roubados, danificados e deteriorados.
Segundo o departamento, ainda falta finalizar a cobertura dos reatores anaeróbios e reparar os itens roubados. Sem esses equipamentos não há como ligar a energia no local. Quanto ao laboratório de análises, Fernando afirma que “será objeto de processo independente realizado pelo DEAGUA. Será na verdade edificação para operar a ETE sendo as análises realizadas no laboratório da ETA e por empresas contratadas dependendo da especificidades”.
Ao ser questionado se há energia no local, o secretário confirma que não. “A CPFL será informada quando todas as interferências estiverem finalizadas para não haver risco de ter os circuitos implantados e não energizados, facilitando assim o roubo de tais materiais cujo valor de mercado é significativo”.
Entretanto, apesar de não finalizada, a Estação já está recebendo esgoto. Fernando diz que o local está adequado para receber os dejetos e que não é necessária manta protetora para evitar contato com o lençol freático. “Não há necessidade devido às características do solo no local onde foi implantado a ETE, o próprio peso gerado pelo esgoto juntamente com a colmatação e saturação do solo já transforma a camada imediatamente abaixo da lagoa impermeável protegendo assim o lençol freático. Por norma e resoluções federais deve-se estar acima do lençol freático apenas 1,50m”, finaliza.

