No dia 11 de abril, a Fazenda Retiro, do produtor rural Cleber Ávila, abriu suas porteiras para mostrar um novo e promissor capítulo da agricultura guairense: o arroz irrigado por pivô central. O local foi palco de um Dia de Campo promovido pela Aplitec Agro, reunindo produtores, técnicos e grandes parceiros do agro para apresentar soluções inovadoras para essa cultura que está ressurgindo com força total na região.
A cidade de Guaíra, que já teve forte tradição no cultivo de arroz nas décadas passadas, agora vê essa cultura retornar sob uma nova perspectiva: tecnologia de ponta, manejo eficiente e sustentabilidade. E os resultados no campo já são visíveis — lavouras vigorosas, alto potencial produtivo e um sistema de produção mais diversificado.
Uma nova era para o arroz guairense
Com apoio técnico da Aplitec Agro, representada pelo agrônomo Pedro Garcia, a Fazenda
Retiro apostou em um sistema moderno: o arroz para sequeiro irrigado, ideal para regiões onde o cultivo tradicional em áreas alagadas não é viável. Utilizando irrigação por pivô central, a lavoura desenvolveu-se com excelente sanidade e produtividade, mesmo em um cenário de preços desafiadores.
“É uma cultura que vem se mostrando uma excelente opção para o produtor. Além de ser rentável, oferece benefícios agronômicos importantes para o sistema de produção”, explica Pedro Garcia.
O arroz entra como alternativa estratégica na rotação de culturas, ajudando no controle de pragas, doenças e plantas daninhas. A palhada formada também contribui para o bom desenvolvimento da soja, que será implantada na área logo após a colheita.
Dedicação que gera resultados
A lavoura conduzida por Cleber Ávila é exemplo de planejamento e cuidado. “Desde o início houve um capricho enorme no manejo, na irrigação, na escolha da cultivar. O resultado está aí: uma lavoura bonita, com bom desenvolvimento e rentabilidade”, destaca Pedro.
Mesmo com a recente queda nos preços do arroz no mercado, o sistema de produção adotado na Fazenda Retiro mantém-se competitivo. O investimento em variedades adaptadas ao sistema de sequeiro irrigado, como a BRSA 502 da Shancap, e o uso de tecnologias de nutrição e proteção de cultivos foram diferenciais importantes.
Resgatando memórias, projetando o futuro
A volta do arroz em Guaíra não é apenas uma questão produtiva — é também simbólica.
“Muitos guairenses lembram do arroz secando no asfalto, das máquinas de beneficiamento, de nomes como o Bem Caligaris. Era parte da nossa identidade rural”.
Sentindo o cheiro do arroz, voltei há 40 anos e me lembrei do meu avô.
Cléber Ávila, proprietário da fazenda Retiro, fala, satisfeito, sobre o resultado do arroz. O aroma o levou direto para a infância, lembrando dos tempos em que seu avô cultivava arroz — uma cultura que desapareceu na cidade de Guaíra. Agora, com o apoio da Aplitec, da
Embrapa e de outros parceiros, essa cultura maravilhosa está sendo resgatada.
“A tecnologia mudou o jogo: hoje, um pivô é colhido em dois dias com máquinas modernas e seco em um dia com sistemas automatizados. “A agricultura evoluiu, e o arroz volta agora com tecnologia, viabilidade econômica e sustentabilidade. Isso é motivo para comemorar”, afirma o agrônomo Pedro Garcia.
União de forças
O sucesso desse novo momento para o arroz na região só é possível graças a uma rede de parcerias sólida e comprometida. A iniciativa contou com o apoio e presença de instituições e empresas como: Embrapa, Agro Ávila, Bayer, Shancap, Sementes Aliança, Revemasa, Grupo Lanna, Campo Fino, Bioma, Prime Agro, Mastir, Jumil, Bavep, Tracbel Agro e John Deere.
Tecnologia, pesquisa, dedicação e trabalho em equipe estão recolocando o arroz no mapa da agricultura regional — com resultados reais no campo e uma nova energia para o futuro do agro guairense.