Foi feito um boletim de ocorrência e a prefeitura abriu um processo administrativo contra o servidor, que terá de ressarcir os cofres públicos
Nesta última semana, durante os dias próximos ao feriado de 12 de outubro, o diretor da Assistência Social do município, José Reinaldo dos Santos Jr. descobriu que um servidor público havia utilizado o carro da prefeitura para realizar uma viagem particular.
Tudo ocorreu após o gestor da pasta desconfiar que o veículo Prisma não estava estacionado em nenhuma garagem dos prédios públicos do departamento. Desconfiado de um possível furto, José Reinaldo procurou a Guarda Civil Municipal e elaborou um Boletim de Ocorrência.
Os GCMs acompanharam o coordenador da assistência por vários locais que possuem pátios, como almoxarifado, centro administrativo e coordenadoria da Educação, sem êxito. Posteriormente, eles se deslocaram à residência do servidor designado como motorista do veículo e descobriram que o mesmo havia viajado com o carro do governo, sem autorização e deixado o seu particular na garagem.
Em contato com a prefeitura, o departamento de comunicação se pronunciou. “O Diretor de Assistência afirma que o funcionário foi recolocado em seu local inicial de trabalho e ressalta que o prefeito José Eduardo e o vice-prefeito Renato César Moreira foram informados sobre os fatos, apoiaram a decisão, por prezarem o princípio de uma gestão com transparência, impessoalidade e moralidade e que os fatos serão apurados.”
O Chefe do Executivo também enviou declarações. “Abrimos um B.O, vamos tomar providências cabíveis e pedimos ressarcimento dos gastos e danos aos cofres públicos. Tenho feito de forma regular procedimentos administrativos. Aqui tem regra e disso não vamos abrir mão”, profere José Eduardo.
Possível apadrinhamento
Com o ocorrido, surgiram boatos de que o funcionário público em questão seria uma espécie de “apadrinhado” político do vice-prefeito Renato Moreira. O governo negou e repudiou os falatórios. “O Renato é uma pessoa muito querida, tem muita gente que gosta dele e, às vezes, se julga afilhado dele. Mas não existe história de que esse ‘apadrinhado’ assumiu cargo durante os dias em que o Renato assumiu o Executivo. Houve sim uma mudança em que foi necessário um motorista que até então ele ocupava. Mas, o servidor já foi afastado, reassumiu o seu cargo de origem”, aponta o prefeito.
Em relação aos problemas com a falta de motoristas para os setores públicos, José Eduardo complementou: “reconheço que temos problemas de motoristas e vamos ajustar e abrir concurso público na prefeitura, em breve.”