Governo anuncia mudanças no prédio que abrigaria a UPA 24h

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Guaíra, 22 de abril de 2017 - 07h41

Prefeitura irá comprar o imóvel do governo federal e transformá-lo em um espaço de especialidades médicas – hoje atendidas no ambulatório – além dos setores de fisioterapia e administrativo da saúde municipal

Os problemas que impedem o funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento em Guaíra voltaram a ser debatidos na sessão ordinária da Câmara, nesta última terça-feira (18).

Os vereadores da oposição, Moacir Gregório e Maria Adriana Gomes, criticaram a atual administração por tomar a decisão de não abrir as portas do prédio como UPA, mas sim para outras finalidades.

De acordo com eles, que visitaram instalações similares em outro município, o prefeito deveria fazer as adequações e iniciar o atendimento de urgência e emergência aos guairenses.

Entretanto, o imóvel está completamente comprometido, necessitando de muitas reformas, o que iria onerar os cofres públicos. Além disso, são mais de R$ 600 mil por mês para manter uma Unidade dessa modalidade em funcionamento. Estes pontos foram destacados pelos parlamentares Jorge Domingos e Dr. Cecílio e pela presidente da Casa de Leis, a Dra. Bia Junqueira, que participou da comissão de transição de governo e pôde acompanhar de perto os erros deixados pela antiga gestão para serem solucionados no prédio.

De acordo com o governo municipal, entre os problemas estruturais estão: a falta de 30% de equipamentos técnicos de saúde; a capacidade elétrica não comporta a instalação de todos os equipamentos, o que seria necessário fazer a troca de toda a rede elétrica; a área externa dos fundos está incompleta, com falta de muros, prejudicando a privacidade aos pacientes transportados; além de que a logística do acesso é inviável  devido estar localizada em uma rua sem saída e em um bairro residencial.

Mesmo com esses problemas estruturais a unidade foi inaugurada em dezembro do ano passado. O Ministério da Saúde liberou R$ 2,2 milhões para a construção de uma UPA tipo 1 – em 900 m² quadrados de construção. A Prefeitura participou com R$ 700 mil de contrapartida,com compra de equipamentos chegando o valor de R$ 2,9 milhões.

Um estudo realizado Secretaria de Saúde mostra que a UPA serviria para atender casos mais graves e que podem resultar em internação – que tem um alto custo, de acordo com a estimativa da gestão.“A Santa Casa, hoje, contratualiza com a administração pública, faz esse serviço complementar, ou seja, realiza o serviço que UPA realizaria à população”, afirma o Executivo.

Com esses problemas estruturais, o governo municipal já entrou em contato com o Ministério da Saúde e pretende devolver o dinheiro ao governo federal, de forma parcelada.  “É importante esclarecer que a mudança de objeto não é permitida e que o recurso liberado possui destinação específica. Se o município optar pelo não funcionamento da UPA, o recurso de investimento repassado deverá ser devolvido”, explicou o secretário municipal de saúde, Jorge Watanabi do Prado.

O prédio abrigará as especialidades médicas – atualmente atendidas no ambulatório – e os setores de fisioterapia e administrativo da saúde municipal.  “Estamos fazendo um planejamento para que possamos instalar esses departamentos da saúde municipal no local. Os atendimentos de urgência e emergência continuarão sendo feitos no Pronto Socorro Municipal”, afirmou Prado. Vale lembrar que será feita uma audiência pública com a população sobre as implantações do prédio da UPA.

Segundo dados do Ministério da Saúde, existem 165 UPAs no país  já concluídas e que não estão funcionando porque os prefeitos estão sem recursos para  colocá-las para atender à população

 



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