Governo inicia projeto para enfrentamento dos problemas com moradores de rua

A campanha ”Não dê esmola” visa conscientizar e orientar comerciantes e população

Política
Guaíra, 9 de maio de 2019 - 08h30

O governo municipal, através de parceria entre a diretoria municipal de Assistência, Desenvolvimento e Inclusão Social, a Associação Lar (ALAR), e comerciantes no entorno do Terminal Rodoviário, deu sequência às tratativas para a implantação de um amplo projeto de enfrentamento da situação de moradores de rua de Guaíra.

Um reunião entre os envolvidos ocorreu nessa semana, no dia 7 de maio, com a participação do Departamento de Fiscalização de Posturas e Guarda Civil Municipal, tendo em sua pauta a implantação, no final do mês de maio, do projeto ”Não dê esmolas”. ”A atitude é considerada a maior incentivadora para as pessoas continuarem nas ruas, pois com essas doações conseguem, além da alimentação, manter seus vícios como álcool e, em alguns casos, em drogas”, explica o setor.

No encontro, ficou definido que será realizada uma grande campanha de conscientização não só dos empresários, mas também de toda a população para que não atendam as solicitações destes pedintes. ”O município dispõe de ferramentas para atender essas pessoas. Nós temos o albergue que fornece alimentação, roupas e higiene pessoal para esses transeuntes que ainda recebem da prefeitura o passe para seguirem viagem para sua cidade natal ou outro destino. No caso dos moradores de rua de Guaíra, com apoio da ALAR, fazemos a abordagem social e tentamos reinseri-los na comunidade, mas se a população continuar dando esmolas e comida para estes, eles continuarão a frequentar as ruas”, explicou o diretor de Assistência, Desenvolvimento e Inclusão Social, José Reinaldo dos Santos Júnior.

Uma sugestão apresentada para as pessoas que tem desprendimento e querem ajudar esse indivíduos em situação de vulnerabilidade é para que as doações sejam direcionadas para instituições que já fazem esse atendimento, como a Casa da Sopa.

Para a assistente social Lauriane dos Santos Vilas Boas, extinguir o problema é praticamente impossível, mas, com estas ações, a situação será amenizada. ”Essas pessoas têm resistência em retornar para seus lares, pois em tese, como estão hoje, seria uma situação confortável, por isso é necessário o envolvimento de todos”, disse.

José Reinaldo esclareceu que no caso da Praça da Vila Aparecida, o poder público terá que ocupar o espaço, principalmente com práticas esportivas, pois o local tem essas características. Já no Terminal Rodoviário, a solução é o endurecimento da regras de permanência, pois a área, além de frequentada por usuários de transporte, existe também a situação dos moradores das imediações que acabam sendo prejudicados com o problema.

Outros encontros deverão ser realizados para finalizar as diretrizes da implantação do projeto ”Não dê esmola”, além de uma ampla campanha de conscientização e orientação de comerciantes e da população.



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