Guaíra notifica dois casos suspeitos de Chikungunya

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Guaíra, 19 de janeiro de 2016 - 17h52

De acordo com a Enfermeira da Vigilância, a suspeita ocorreu após o médico do Pronto Socorro diagnosticar os sintomas em dois homens atendidos na última semana

  Legenda da foto: Vigilância pede a colaboração da população para evitar os focos do mosquito. Proprietários também devem realizar a limpeza de seus terrenos.

Na manhã desta segunda-feira, 18, a Vigilância em Saúde confirmou que a cidade está com dois casos suspeitos da doença Chikungunya, causada pelo mosquito transmissor Aedes Aegypti. Além disso, Guaíra já registra 73 positivos de dengue e 425 suspeitos, desde o dia primeiro de janeiro de 2016.

De acordo com a Enfermeira da Vigilância, Ana Carolina M. Minóda de Oliveira, a suspeita ocorreu após o médico do Pronto Socorro diagnosticar os sintomas em dois homens atendidos na última semana. “Um paciente apresentava mal estar, mialgia, cefaleia, diarreia, apatia e queda do estado geral. O outro paciente apresentava mialgia, febre, diarreia, apatia e queda do estado geral. Esses sintomas despertaram atenção do médico”, destaca.

“Ainda não temos a confirmação da Chikungunya. Colhemos o material e já encaminhamos para o Laboratório IAL (Instituo Adolfo Lutz) de Ribeirão preto. Agora precisamos aguardar os resultados”, completa Ana Carolina.

Dengue, Chikungunya e Zika são transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. Embora apresentem sinais clinicamente parecidos, há alguns sintomas marcantes que diferem as enfermidades. A dengue causa febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, a dengue pode provocar hemorragias, que, por sua vez, podem ocasionar óbito.

“A Chikungunya também causa febre e dores no corpo, mas as dores concentram-se principalmente nas articulações. Na dengue, as dores são predominantemente musculares. Alguns sintomas da Chikungunya duram em torno de duas semanas; todavia, as dores articulares podem permanecer por vários meses. Casos de morte são muito raros, mas a doença, em virtude da persistência da dor, afeta bastante a qualidade de vida do paciente”, explica a enfermeira.

O mosquito ainda pode transmitir o Zika Vírus. “Ainda não temos relatos dessa doença, mas na Zika, os sintomas são mais leves. Pacientes com essa enfermidade apresentam febre mais baixa que a da dengue e Chikungunya, olhos avermelhados e coceira característica. Em virtude desses sintomas, muitas vezes a doença é confundida com alergia. Normalmente a Zika não causa morte, e os sintomas não duram mais que sete dias. Vale frisar, no entanto, que a febre Zika relaciona-se com uma síndrome neurológica que causa paralisia, a Síndrome de Guillain-Barré, e também com casos de microcefalia”, expõe Ana Carolina.

Em todos os casos, a prioridade é buscar ajuda médica o quanto antes. “Assim que o cidadão tiver algum sintoma, deve procurar o quanto antes o Pronto Socorro, pois diminui os riscos. O médico irá repassar todos os procedimentos, mas o principal é a hidratação do corpo”, conclui a enfermeira.

Prevenção

Segundo o diretor de Vigilância em Saúde, Maurício Alves, a melhor recomendação é evitar os focos do mosquito Aedes Aegypti. Atualmente a prefeitura, juntamente com a Defesa Civil, está realizando o Arrastão da Dengue e buscando outras alternativas para diminuir o número de casos, já que Guaíra aparece na 20ª colocação de cidades do Estado de São Paulo com maior número de positivos da doença.

“Todos devem contribuir no controle da dengue, eliminando os criadouros do mosquito. Para evitar a sua propagação, há necessidade de eliminarmos os locais que acumulam água e servem de criadouro para o Aedes Aegypti, principalmente em nossas residências, assim: Pratos de vasos de plantas devem ser preenchidos com areia; Tampinhas, latinhas e embalagens plásticas devem ser jogadas no lixo e as recicláveis guardadas fora da chuva; Latas, baldes, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo; Caixas d’água devem ser mantidas fechadas com tampas íntegras sem rachaduras ou cobertas com tela tipo mosquiteiro; Piscinas devem ser tratadas com cloro ou cobertas; Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos; Lonas, aquários, bacias, brinquedos devem ficar longe da chuva; Manter os terrenos limpos; Cuidados especiais para as plantas que acumulam água”, conclui Maurício.


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