O município continua com o calendário de vacinação normal. Os guairenses receberão a vacina a partir do dia 30 de abril
Apesar da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo antecipar a vacinação contra gripe deste ano para cerca de 3,5 milhões de paulistas, as doses chegarão a Guaíra apenas no final deste mês.
Segundo a Vigilância em Saúde do município, a cidade não registrou nenhum caso positivo de H1N1, o que não a colocou na lista de antecipação. “Tivemos um casos suspeito, que foi descartado com o exame. Sendo assim, nosso calendário de vacinação continua em sua data normal, tendo início no dia 30 de abril”, disse o diretor Mauricio Alves.
Inicialmente receberão a vacina: profissionais de saúde, crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, gestantes e puérperas, portadores de doenças crônicas e aos idosos. Além de imunizar a população contra a gripe A H1N1, tipo que está se alastrando pela região, a campanha visa proteger a população de outros dois tipos do vírus influenza: A (H3N2) e B. A vacina foi produzida pelo Instituto Butantan, unidade ligada à pasta, através de um processo de transferência de tecnologia.
“É importante que todas as pessoas que se enquadram no público-alvo tomem a vacina. Ela é gratuita e estará disponível em qualquer posto de vacinação. Só assim será possível evitar complicações decorrentes da gripe e doenças graves, como pneumonia. A vacina não provoca gripe em quem tomar a dose, pois é feita de pequenos fragmentos do vírus que são incapazes de causar qualquer infecção”, destacou Mauricio.
REGIÃO
Neste ano, até 22 de março, foram notificados 324 casos e 42 óbitos por SRAG no Estado de São Paulo atribuíveis ao vírus Influenza. Desse total, 260 casos e 38 óbitos foram relacionados ao vírus A (H1N1). Em 2015, foram 342 casos de SRAG notificados em todo o Estado, sendo 190 relacionados ao tipo A (H3N2). Do total de 65 óbitos registrados em 2015, 28 tiveram também relação com o A (H3N2).
Só na região de São José do Rio Preto foram notificados 82 infecções pelo H1N1, configurando-se o surto epidêmico, conforme afirmou, por meio de nota, o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria Estadual da Saúde, Marcos Boulos. O infectologista justificou que a vacinação extra ocorrerá apenas na região pela grande concentração de notificações. “Dez dos 23 óbitos registrados também são da região”, afirmou Boulos.
RAIO-X DA GRIPE
A gripe do tipo A causada pelo vírus H1N1 foi detectada no México, em abril de 2009, e se disseminou rapidamente, causando uma pandemia mundial.
Ela é contraída através do contato direto com o muco produzido pelo doente; inalação das gotículas emitidas quando a pessoa espirra ou tosse; contato com superfícies como mesas, maçanetas, talheres, entre outros, que tiveram contato com muco ou gotículas.
Para prevenir: lave sempre as mãos com água e sabão ou com álcool; evite levar as mãos aos olhos, ao nariz e à boca; cubra a boca quando for tossir ou espirrar; poucas evidências mostram que máscaras de proteção sejam úteis para evitar a transmissão; a vacinação é o método mais eficaz.
A vacina dada na rede pública é a trivalente, contra as gripes A (H1N1), A (H3N2) e um tipo da B. Quem tomou essa também pode tomar a quadrivalente –que protege contra outro subtipo da B–, mas deve aguardar um mês entre as doses.
A eficácia pode variar de 60% a 90%, dependendo da faixa etária do paciente e de outros fatores, como presença de infecções e doenças crônicas (diabetes, asma e outras doenças respiratórias).