“Motivação foi financeira”, afirma delegado. Mulher é suspeita de contratar dois homens para executar empresário; os três estão presos
Uma execução fria, que teria sido motivada por amor e dinheiro. Assim a Polícia Civil resume o assassinato do empresário guairense Lessandro Vilela Borba, 38 anos, ocorrido em Brasília, em 10 de julho deste ano. O crime foi elucidado e três suspeitos estão presos temporariamente, incluindo a ex-mulher da vítima, Janaína Maria Rocha, 33. Ela seria a mandante do homicídio.
Segundo as investigações, a mulher teria convencido o zelador do prédio onde morava e um funcionário da sorveteria para que executassem Lessandro.
De acordo com o delegado do caso, Pablo Aguiar, Janaína mantinha um relacionamento amoroso com os dois suspeitos. Ela teria “encomendado” o crime porque não concordava com a partilha de bens depois da separação.”Ela já havia se separado do Lessandro há dois anos e Lessandro estaria se envolvendo com outra mulher. Com receio que essa mulher engravidasse e tivesse filhos com Lessandro, o patrimônio dele, que ele era um empresário bem sucedido daqui da cidade, inclusive com lojas em Samambia também, fosse repartido e que os filhos dela ficassem sem esses bens”, disse Aguiar.
Lessandro foi assassinado com três tiros, às 11h30 do dia 10 de julho, na porta da sorveteria que fica na avenida principal do Recanto da Emas. O delegado responsável pelo caso disse ainda que duas testemunhas viram o crime e reconheceram os dois homens.
O zelador, de 36 anos, teria confessado a autoria dos disparos e o funcionário da sorveteria, de 19 anos, seria quem estava dirigindo o carro. “Os dois vieram de Luziânia para cometer o crime no Recanto”, disse a polícia.
“Ou era a minha vida ou a dele”, disse Janaína, em rápida declaração à imprensa na última terça-feira (10). Segundo ela, o ex-marido era agressivo, já a manteve em cárcere privado e a teria ameaçado com arma de fogo. “Vocês não sabem o que nós [ela e os filhos] sofremos”, acrescentou, chorando muito.
A ex-mulher de Borba e os dois homens estão em prisão temporária, de 5 dias, mas o delegado explicou que já pediu à Justiça a prisão preventiva dos suspeitos. (Com informações do G1 e Metrópoles)