Nascida em Guaíra, dia 26 de março, no ano de 1924, Jandacy Garcia Leal Barbosa saiu de sua terra natal para estudar línguas neolatinas no Rio de Janeiro, então capital federal. Lá, conheceu e casou-se com o embaixador Braulino Botelho Barbosa, tendo passado a maior parte de sua vida no exterior em missões diplomáticas, notadamente na Europa e África. Jandacy teve sua festa de 100 anos comemorada entre filhos, netos, bisnetos e sobrinhos no Rio de Janeiro no dia 30/03.
Ela é irmã de Jarson Garcia Leal, já falecido, que hoje teria 104 anos, foi um grande amigo de Vicente Lacativa. Também foi estudar no Rio e fez direito.
Quem nos enviou essa preciosidade de matéria foi Elaine Leal sobrinha neta de Janda, que também é Guairense, morando em Ribeirão Preto há 40 anos, e acompanha as notícias da sua terra natal através do Jornal O Guaira (versão digital).
Filha de João Avelino Carvalho Leal e Cândida de Freitas. Gosta de ser chamada de Janda. Nasceu na cidade de Guaíra-SP. Seu pai tinha uma fazenda que ficava entre os rios Sapucaí e Rio Grande. Na infância, usava tranças e gostava de brincar ao ar livre. Não recusava por nada uma pamonha, comida típica de sua cidade. Janda teve acesso à educação de qualidade e desde cedo se mostrou fascinada pelo universo da literatura. Era boa aluna na escola e gostava de escrever poemas. Mais tarde, mudou-se para o Rio de Janeiro para continuar estudando. Cursou Letras Neolatinas e se formou professora na Faculdade Católica de Filosofia. Casou-se com Braulino, um maranhense descrito por ela como uma pessoa correta e inteligente, que virou diplomata. Por esse motivo, ela rapidamente se tornou uma cidadã do mundo, vivendo em uma série de países. Com ele teve quatro filhos, Ricardo (já falecido), esposa Maria do Carmo; Eduardo, esposa Monique; Beatriz, esposo Renato; e Isabel, esposo Pedro. Netos: Patrícia, Juliana, Guilherme, Rafael, Véronique, Pedro e André.
Um fato curioso de sua infância foi que ao subir em uma árvore, ela teve uma visão, na qual se viu morando em outro país, o que de fato se concretizou. Janda é uma mulher inteligente, elegante, gentil e muito à frente do seu tempo. Aprendeu diferentes idiomas. Sempre gostou de escrever as suas impressões do que viu, do que leu e do que observou.
‘A Graça’, escrito por Janda compõe o livro ‘O Alar dos Sonhos’. Como dizer? Como falar bem alto deste contínuo sonhar e acordar da vida? Como explicar essas correntes que passam quentes e vivas, como sangue a pulsar e esses jorros de fogo que ora acendem alegrias, ora deixam só cinzas. Contudo, como cantar bem lindo, como agradecer bem fundo? A graça imensa de viver?
