Até o momento, estão prontos dois de 11 quartos da Santa Casa de Misericórdia de Guaíra que passam por uma reforma completa; tudo graças à iniciativa de “Livro de Ouro”, através de um grupo de voluntários liderados por Edna Coscrato Lelis.
A comissão, que inclui Júlio Rodrigues Filho, Dinamérico Aguetoni, Carlos de Tarso Azevedo e Paulo de Tarso Azevedo, Camilo Prado, Rubens Katsuoka, Welington Fernando, Aluízio Aguetoni, e conta com apoio do secretário da saúde Jorge Watanabe do Prado e do prefeito José Eduardo Coscrato Lelis, já conseguiu angariar fundos para a troca completa do telhado do único hospital da cidade, que passava por problemas de infiltrações durante período da chuva.
Após a entrega do novo telhado, a entidade precisava reformar os quartos do andar de cima, que estavam com tantas infiltrações em suas paredes que, mesmo com a limpeza dos funcionários, ainda mantinham o cheiro de mofo.
Dessa maneira, a comissão buscou a viabilidade de uma obra completa nos 11 apartamentos do pavimento superior – o projeto foi feito, por doação, pela arquiteta Cinthia Junqueira Macedo. Como são necessárias todas as adaptações para oferecer um ambiente com acessibilidade completa, cada quarto chega a custar entre R$ 25 a R$ 30 mil reais.
“Com as infiltrações, estragou pintura e iluminação, porque a chuva caía direto nos quartos de cima. Por mais que lavava, o odor de mofo fica nos quartos. O piso estava bem deteriorado, os banheiros precisando de adequação para portadores de deficiência, afinal, a Santa Casa é uma construção com mais de 40 anos. Assim, nessa empreitada que a dona Edna criou, o grupo foi buscar recurso e na hora que conseguimos as doações para o telhado, já vislumbrou-se a situação para a reforma dos apartamentos”, explica o interventor da Santa Casa, Marcio Bento.
Segundo ele, os valores para cada apartamento são altos porque é necessário adaptá-los com toda a acessibilidade, assim também como em seus banheiros. “Temos também piso impermeável, torneiras e barras nos sanitários, etc. O Grupo fez o quarto exatamente como a Santa Casa precisava”, completa.
Como na gestão do diretor Jonas Lelis, o hospital conseguiu reformar todos os quartos do SUS, inclusive com instalação de aparelhos de ar-condicionado, agora era necessário focar no piso superior, que costuma atender convênios e particulares – com exceção desse momento de pandemia, que deixou o andar debaixo isolado apenas para pacientes suspeitos e positivados. “A covid-19 acabou, de certa forma, freando a entrega desses apartamentos, pois no momento temos 2 prontos. Tivemos que fazer o isolamento na parte de baixo. Atualmente, em cima está para SUS e particular, o que atrapalhou na entrega dessas obras”, esclarece Márcio.
Inclusive, na última semana, a empresa que estava fazendo a reforma rescindiu o contrato para assumir outros empreendimentos. Agora, a Santa Cara precisará de licitação para contratar outra firma para os serviços. “Era para ser feito 11 quartos, mas a empresa reincidiu o contrato. Como vamos fazendo a reforma de 2 em 2, por causa do atendimento, conseguimos até o momento a finalização destes. Mas esperamos concluir essas adaptações em breve.”
Em contato com a representante da comissão do Livro de Ouro, Edna Coscrato disse que essa é uma maneira de retribuir ao município tudo o que já recebeu da comunidade e que pretende colocar uma placa na instituição com o nome de todos aqueles que colaboraram para que o hospital atenda a comunidade da melhor maneira possível. “Fizemos essa ação para agradecer a Deus por tudo o que Ele nos oferece e para devolver a Guaíra um pouco do que essa cidade já me proporcionou de maravilhas”, encerra Edna.
