Morte de criança deixa alerta para perigo de afogamento neste verão

O trágico acidente com a pequena Lorena comoveu os guairenses e acendeu os cuidados com os menores em piscinas, rios, mar e lagoas

Policial
Guaíra, 30 de janeiro de 2018 - 07h40

O dia de domingo, 28 de janeiro, fechou com uma triste notícia para a comunidade guairense com a morte de uma criança em uma casa de festas localizada em área próxima à Mina Mercantil.

O boletim de ocorrência da morte de Lorena Muniz da Silva, de apenas 4 anos, foi registrado no Plantão Policial da Delegacia Sede como “morte a esclarecer”.

Quem prestou informações à Polícia Civil foi Reginaldo Luis Figueiredo, 49 anos. Ele informou que estava com a criança na residência, quando percebeu que a mesma estava caída dentro da piscina.

A garota foi socorrida ao Pronto Socorro Municipal, onde a equipe plantonista ainda tentou ressuscitá-la. Depois dos procedimentos, constataram seu óbito. O corpo de Lorena foi encaminhado para Instituto Médico Legal para verificação do óbito. Somente o laudo do legista poderá atestar que ela realmente morreu por afogamento. Enquanto isto, a polícia trata como “morte a esclarecer”.

De acordo com informações que constam no Plantão Policial, Lorena era filha de Bruna Rodrigues Muniz e Vagner Alves da Silva. Seu sepultamento aconteceu ontem (29), no Velório Municipal, às 15h, com forte comoção de amigos e familiares.

INQUÉRITO

Segundo informações obtidas pela reportagem junto à Delegacia de Polícia Sede, um inquérito policial deverá ser instaurado para apurar as condições e causa da morte da criança. Peritos da Polícia Civil também devem comparecer à casa de festas para realizar uma análise do local e emitir laudo a ser anexado no inquérito.

CUIDADOS

Durante o verão, principalmente, lagoas, cachoeiras, praias, piscinas e rios podem proporcionar agradáveis momentos de lazer e trazer o alívio de se refrescar num dia de calor. Porém, alguns cuidados são importantes para que incidentes não ocorram.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o afogamento é umas das maiores causas de mortes consideradas como violentas no mundo, junto com os acidentes de trânsito, provocando a morte de milhares de pessoas por ano. De acordo com o Ministério da Saúde, a principal causa de mortes e sequelas na faixa etária de 0 a 14 anos são os acidentes não intencionais, como afogamento e sufocamento.

Isso se deve à displicência dos adultos que as deixam sozinhas (um momento de distração pode ser fatal), a curiosidade natural da idade, por não saberem nadar, e por se apavorarem mais facilmente que os adultos.

Engana-se quem pensa que um grande volume de água é necessário para que haja o afogamento. Uma quantidade pequena já pode ser a causa de afogamento, pois geralmente ele acontece muito rápido e de forma silenciosa.

Entre jovens e adultos os afogamentos são causados principalmente por ingerirem remédios ou bebidas alcoólicas antes de nadar, vítimas de trauma (bater a cabeça em algo maciço por ter saltado de alguma elevação para dentro d’água), acidentes com embarcações, ações de animais marinhos, desconhecimento do local de mergulho, excesso de confiança e exaustão de nadadores.

Segundo o Conselho Científico de Segurança da Criança e Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria, se a criança tiver menos de 4 anos, “tem que ter sempre um adulto perto dela, de preferência dentro da água, ou muito perto, ao alcance dos braços. Esse adulto tem que estar lúcido, não pode estar embriagado, e tem que estar totalmente dedicado a cuidar dessa criança”.

O órgão também orienta que: Piscinas plásticas, de uso doméstico, quando não estão em uso devem ser guardadas sem água – atenção porque um acúmulo de 30 centímetros de água são suficientes para afogar uma criança; é importante que na piscina tenha algum adulto capacitado para atendimento de primeiros socorros; e o uso do maquinário de manutenção e limpeza da piscina devem estar desligados enquanto as crianças estiverem na água.

Sobre o uso de equipamentos de segurança, o Conselho sugere que, para uma criança com menos de 4 anos, deve sempre estar usando um colete salva vidas de tamanho apropriado. Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, neste caso o colete é melhor do que a boia de braços, porque a segunda opção pode ser facilmente retirada pelas crianças.


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