A tal da média das cinco pessoas

Opinião
Guaíra, 2 de setembro de 2022 - 14h43

Dizem que somos a média das cinco pessoas com as quais convivemos. Como somos seres sociais, é grande a possibilidade de que isso seja uma verdade.

 

Junto a essa ideia, uns, acreditando-se mais espertos, dizem que devemos nos relacionar com 5 pessoas melhores do que nós. Se somos a média das 5 pessoas, tenderemos a crescer exponencialmente.

 

Como ideia estática, quadrada e dentro de um micro escopo, até pode ser. Porém, quando levamos em consideração o modelo em si, ele se apresenta, em escala, estéril (sem a capacidade de reprodução), já que não é possível que todos se coloquem nessa mesma ordem. Sempre terá alguém acima.

 

Mas isso, em si, nem tem muita relevância. O que vale dizer é que esse comportamento é uma forma de egocentricidade, portanto, falta de humildade e de servidão, por mais que possa parecer o contrário. É que, nessa condição, sempre estaremos nos aproveitando de alguém. E, como somos os “piores”, não compartilhamos nada nosso. Como se diz no popular: “é só o venha a nós; ao vosso reino, nada”. 

 

Por isso, é importante entendermos a dimensão e plasticidade da coisa como um todo. Dessa maneira, a melhor posição é a do meio (como o número é 6, os 5 mais eu, não existe o meio, portanto, ficarmos na 3ª ou 4ª posição). Aí, sim, podemos aproveitar o conhecimento, a sabedoria, a experiência daqueles que estão acima do que somos hoje e, ao mesmo tempo, contribuirmos com aqueles que estão abaixo de nós, neste momento. 

 

Uma configuração assim, sempre nos permite olharmos o desenho como uma grande rede. Quando estivermos ultrapassando alguém, devemos trocar um para que possamos voltar às duas posições intermediárias. Se estivermos caindo, a mesma coisa. 

 

Francisco de Assis tem como legado a ideia do servir: “Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando, que se recebe. Perdoando, que se é perdoado”.

 

Por outro lado, parecendo controverso, mas não sendo, uma das mensagens da história A Cabana (seja no livro, seja no filme), é que nascemos para sermos amados (Deus criador diz isso, na história). A grande questão é, novamente, a rede. Só seremos amados, se alguém nos amar. Se todos nós nos colocarmos na posição do venha a nós, ou seja, de recebermos o amor, quem o trará? Por isso, precisamos, antes de tudo, aprendermos a amar. Se todos assim fizermos, sermos amados será mera, absoluta e real, consequência. Por isso, se todos procurarmos mais amar do que sermos amados, o amor chegará até nós. É uma lei implacável.

 

Por tudo isso, sempre devemos pensar nos sistemas como um todo. Para que possamos tirar proveito, alguém tem que nos servir. Se todos formos os servidos, ninguém servirá. Se todos nos colocarmos como servidores, obrigatoriamente, seremos servidos.

 

Pense nisso, se quiser, é claro!

 

Prof. Ms. Coltri Junior é consultor, palestrante, adm. de empresas, mestre em educação, professor, escritor e CEO do Hardcore Game Channel. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior 

 


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Coltri Junior

Professor Coltri Junior é palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos

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