Seja a reeleição pela ausência de variedades de propostas, a mesmice dela tem sido um dos erros do sistema democrático. Isto porque existe grande chance de cair na vala da continuidade dos erros e omissões cometidas, submetendo o cidadão ao sacrifício, mais uma vez, de uma má administração pública, fato é que na reeleição a máquina administrativa estará à disposição do candidato à reeleição. Ao contrário, na alternância do poder público na administração municipal, valoriza-se o novo, com novas propostas, eliminando-se velhos vícios da política, os conchavos, o apadrinhamento, o compadrio, o empreguismo e, principalmente, com uma nova postura, elimina-se os excessos de cargos comissionados e o vergonhoso desvio de funções que acarretam sacrifícios ao erário público.
Assim, na alternância, estabelece novas expectativas. Em Guaíra, nestes anos, a administração municipal apresenta nada relevante quanto aos benefícios à população; tem a cidade suja, desorganizada, repleta de vários imóveis em total abandono, verdadeiros cortiços, sem um destino eficaz, isto porque a administração municipal, antes de tudo, é a única responsável pela total revitalização da urbe na sua atualização constante, no seu urbanismo diante de uma evolução que está sempre sujeita.
Na realidade, o que existe é um excesso de óleo de peroba que os agentes políticos se utilizam em épocas eleitorais; isto causa impressão deveras e como ousam! Tal situação faz lembrar certa parábola política, cujo ”velhos elefantes quando sentem que vão morrer afastam-se da manada, ninguém sabe para onde. Querem poupar seus semelhantes do espetáculo, que deve ser impressionante de ver um elefante morrer. Escolhem morrer com imenso pudor. Querem ficar a sós, eles e sua ideia exata deles mesmos. Na hora de morrer, um elefante recolhe-se à sua significância. Sua grandeza está em saber a hora.”
Há casos, no entanto, de elefantes diferentes. São paquidermes que vivem tanto que se julgam eternos. Não servem mais para nada, mas não desaparecem. A manada vive na esperança de que eles peguem suas coisas e cumprem seu destino.
Mas o tempo passa e os velhos elefantes não se flagram. Não dão lugar aos outros, com novas ideias. Quando se reúnem e todos pensam que é para combinar uma retirada solene, conforme a tradição, é para decidir que querem continuar na manada e continuar mandando.
Os velhos paquidermes são um estorvo. Alguns começam a cheirar mal. Há o temor que se desmanchem na frente das crianças. A manada esta atônita. E tenta explicar porque estes velhos elefantes são diferentes. Tem a tromba de elefante. Tem orelha de elefante. Tem presas de elefante. Tem tudo que os elefantes têm. Só não tem a autocrítica. O lema é: Acorda Guaíra!