Domínio Pessoal

Opinião
Guaíra, 21 de outubro de 2019 - 16h29

No artigo passado falávamos sobre as cinco disciplinas trazidas por Peter Senge, que são: Domínio pessoal, modelo mental, visão compartilhada e aprendizagem em equipe. O assunto de hoje é o domínio pessoal.

Stephen Covey, no livro Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, divide nossas conquistas em duas. A segunda é a vitória pública, onde entra a capacidade de liderar. Porém, para isso, precisamos da primeira, que é a vitória pessoal. Não conseguiremos desenvolver liderança, nem ter sucesso pleno, se não formos donos de nós mesmos. É nesse prisma que trabalha a disciplina de Domínio Pessoal do Peter Senge.

Somos muito cobrados pela sociedade para termos resultados vistosos. E isso vem desde criança. Muitos pais se orgulham quando seus filhos se tornam o melhor aluno da sala. Não que não traga satisfação, mas, precisamos, em primeiro lugar, pensar no sucesso dentro da ideia de se atingir resultados sem preocupação com o alheio. O que importa ser o primeiro, se nivelado por baixo? O que importa ser o último, desde que nivelado por cima? O que importa comparar, caso você esteja se tornando pleno dentro de si? As pessoas, as vontades, as realizações, em essência, por dependerem exclusivamente de seus anseios, são incomparáveis.

Assim, antes de mais nada, precisamos estabelecer objetivos próprios, únicos, singulares, de desenvolvimento. Aí, vem o preço a pagar. O que precisamos fazer para chegarmos lá? Temos disciplina para isso? Do que estamos dispostos a abrir mão? Do que não estamos dispostos?

Ter domínio pessoal é ser dono de si, é se conhecer. Esse tipo de desenvolvimento, em seu grau mais elevado, inclui conseguir se enxergar de fora (que está ligado à atividade de visualizar e entender o seu próprio modelo mental, assunto do próximo artigo).

De qualquer maneira, as pessoas precisam desenvolver a habilidade de se entenderem, para que possam identificar suas forças e fraquezas. As primeiras devem ser potencializadas; as segundas, tratadas, buscando o desenvolvimento no caminho do salto para que se possa transformar em uma força futura. E isso exige esforço, dedicação e vontade de se tornar uma pessoa melhor.

Pessoas donas de si são menos suscetíveis a problemas constantes, porque sabem identificar a sua parte no processo. Evitam desculpas. Vão em frente e sabem que, tanto o fracasso quanto o sucesso, são momentâneos. Assim, estão sempre em prontidão. São proativas. É mais ou menos o que Howard Ruff diz sobre o dilúvio: ”Não estava chovendo quando Noé construiu sua arca”. Pense nisso, se quiser, é claro.


TAGS:

Coltri Junior

Professor Coltri Junior é palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos

Ver mais publicações >

OUTRAS PUBLICAÇÕES
Ver mais >

RECEBA A NOSSA VERSÃO DIGITAL!

As notícias e informações de Guaíra em seu e-mail
Ao se cadastrar você receberá a versão digital automaticamente