Promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948, a Declaração Universal dos direitos humanos garante a todos os indivíduos uma boa qualidade de vida e bem-estar social. No entanto, existem dificuldades para a concretização desse benefício devido há alguns fatores como: crescimento desordenado das cidades, falta de investimentos em serviços essenciais, segurança pública precária e desigualdade de acesso aos avanços tecnológicos. Nessas perspectivas, desafios devem ser superados para alcançarmos uma sociedade íntegra que desfrute plenamente dos benefícios que o Estado pode proporcionar.
A educação é elemento central para o desenvolvimento de uma nação, ocupando a 10ª posição da economia mundial. Contudo, seria irracional acreditar que pessoas de baixa renda oriundas de nações em desenvolvimento tenham as mesmas oportunidades ofertas àquelas provenientes de famílias abastadas. Ademais, com o crescimento urbano acelerado torna-se cada vez mais difícil desfrutar de uma educação digna nas pequenas cidades. Por conseguinte, acontece o desequilíbrio da região devido a falta de uma estrutura adequada, uma vez que a maioria é excluída do universo educacional, concentrada quase sempre nos grandes centros urbanos. De acordo com dados recentes do Ministério da Educação (MEC), 68,1% dos estudantes brasileiros, com 15 anos de idade, não possuem nível básico de Matemática. Esse dado revela que inexiste o mínimo para o exercício pleno da cidadania por parte desse público.
Faz-se mister salientar ainda que o estado atual desse âmbito abordado não está de agrado. Segundo notícias recentes, houve um corte de R$ 42 milhões no orçamento de verbas da Universidade Federal de Alagoas com uma diminuição de aproximadamente 30%, ficando nítido o impasse enfrentado para se obter um estudo motivador . De acordo com Zigmunt Bauman, filósofo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da modernidade líquida vivida no século XXI. É nítida então a desigualdade na nação.
Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de uma sociedade com qualidade. Dessa forma, cabe ao Estado proporcionar mais investimentos nos pequenos municípios e universidades para que a população tenha acesso a uma boa educação, investindo em tecnologias que incrementem o funcionamento de centros universitários. Outrossim, é papel dos cidadãos lutar e reivindicar por seus direitos garantidos pela Carta Magna, por meio de manifestações, com o intuito de reverter essa problemática, para assim, alcançarmos a solidez populacional.
Jessica Rodrigues de Oliveira. Estudante do curso de Bacharelado em Administração da Universidade Federal de Alagoas – jessicaestrela94@gmail.com
Prof. Fabiano Santana dos Santos. Doutor em Serviço Social e docente na da Universidade Federal de Alagoas – fsantana@arapiraca.ufal.br