Mensagem de Cibele, um relato do que está sendo Brasília.

Opinião
Guaíra, 7 de dezembro de 2022 - 11h08

Nossos amigos estão lá há trinta dias lutando por nós e por nossa nação. É preciso estar lá para ver de perto e sentir a energia daquele local. São milhares de pessoas católicas, evangélicas e índios, mais de quinhentos índios reunidos, todos juntos numa só intenção. 

Às quinze horas em ponto, horário de Brasília, todos se ajoelham e rezam juntos. As orações são o Pai Nosso e a Ave Maria. É tudo muito intenso. Chuvas torrenciais caem a todo momento. Os ventos são tão fortes que arrancam as barracas e as jogam para o alto. E o povo lá de pé rezando, rezando e rezando. Preciso falar também da barraca gigante de interseção vinte e quatro horas que tem lá, são católicos de todas as partes do nosso país rezando vinte e quatro horas para que Deus venha nos abençoar e abençoar nossos governantes.

Preciso falar também dos alimentos. Lá eu vi a multiplicação acontecer. Nossa barraca faz parte de uma dezena de barracas gigantes. Nosso pessoal tem em torno de duzentos e cinquenta pessoas, mas na hora do almoço chegamos a servir quinhentas refeições. A comida feita por trabalhadores aqui da cidade é maravilhosa. É impressionante como a cada dia chegam mais alimentos e doações. Não existe um mantenedor. Lá o líder somos todos nós. Vi chegar frutas e comi laranja, banana e limão. Vi chegar e comi cenoura, repolho, beterraba, abobrinha, jiló, pepino, tomate, cebola, alho, mandioca. Vi chegar carne, frango, linguiça e farofa. Fora o delicioso arroz e feijão, que comemos todos os dias no horário do almoço. E ninguém paga um real por isso. É tudo de graça. Além do cafezinho e do chimarrão nas horas de temporal.

Mão de obra, que é o mais difícil, não falta. Os homens se oferecem para lavar as panelas do almoço e do jantar. Isso acontece dia e noite e quando acaba a comida, mas ainda há fila, as guerreiras da cozinha pedem quarenta minutos e voltam a servir novamente. Isso acontece porque chegam  ônibus e mais ônibus de vários estados, todos os dias. Para almoçar e jantar bem, é só vocês chegarem numa barraca e não importa de onde você está vindo, você é mais um dos nossos e por isso é bem-vindo.

Lá eu vi seres humanos mais humanos. Eu vi pessoas de todos os lados do nosso país, de todas as categorias que você pode imaginar, desde os mais simples funcionários, até os maiores empresários. Índios, de várias etnias, evangélicos, de várias congregações, ora rezando, ora comendo juntos na mesma comida, na mesma mesa e com o mesmo propósito. Compartilhando da mesma luta e da mesma esperança. Eu vi crianças de várias idades, vi jovens, adultos, senhores e senhoras de oitenta, noventa anos e também cadeirantes, muitos, todos vestidos da mesma forma e com as mesmas cores.

Vi união, parceria, respeito, amor, doação, paz e harmonia, que jamais pensei que pudessem existir em uma multidão assim. Vi  solidariedade a cada passo que eu dava, vi gentileza gerando gentileza em tempo real. Tudo isso vai ficar na história.

Lá mais se aprende do que se ensina. Só estando lá e vivenciando isso para entender o que eu estou falando. Celulares, mochilas e outros pertences às vezes são esquecidos pelos donos e todos os itens são achados e entregues de volta. Lá não tem roubo, acreditem. Não tem briga, podem ir com a família, com crianças, jovens e idosos. Todos serão carinhosamente recebidos.

Estou relatando tudo isso porque descobri o Brasil dos meus sonhos. Descobri o Brasil que eu quero para mim, para os meus, para você e para os seus também. O que acabei de relatar não é um sonho, ele existe. É um Brasil que está aí prestes a acontecer. E que Deus em sua infinita bondade, permita-nos provar dessa benção, dessa vitória, dessa glória.

Esta mensagem foi enviada e lida na íntegra por Roberto Motta no dia 5 de dezembro em seu canal Meia hora com Motta


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Esta mensagem foi enviada e lida na íntegra por Roberto Motta no dia 5 de dezembro em seu canal Meia hora com Motta

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