Em um ano muito especial no esporte brasileiro, tivemos duas grandes decepções no futebol masculino e uma mais amena, por força positiva de outros resultados, no futebol feminino.

A decepção no futebol feminino foi o time do Corinthians, ao não conseguir o título do Campeonato Brasileiro. Em quatro jogos seguidos contra a equipe da Ferroviária (Araraquara/SP), venceu dois de goleada pela semifinal do Paulista, mas empatou os dois pela final do Brasileirão. Perdeu nos pênaltis. Os clubes voltariam a se enfrentar na final da Libertadores, quando o alvinegro veio a se tornar bicampeão continental. O Timão, ainda, foi o Campeão Paulista e bateu o recorde (com folga) do time de futebol com mais vitórias seguidas na história (masculino e feminino), somando 34 vitórias, ultrapassando o time masculino do The New Saints (País de Gales), com 27 vitórias consecutivas. Em um ano quase perfeito, ficou sem o Brasileirão.

Outra decepção foi o Grêmio. Levou uma goleada histórica (5×0) do Flamengo em plena semifinal de Libertadores e depois de vencer o Atlhético/PR por 2×0 em casa, na Copa do Brasil, perdeu pelo mesmo placar em Curitiba, sendo derrotado nos pênaltis. Ainda, negligenciou o Brasileirão mais uma vez e terminou o ano sem nenhum título nacional e/ou internacional. Pouco, pela fama e qualidade que tem. Ao menos foi campeão Gaúcho, repetindo o feito de 2018.

Porém, a pior decepção do ano foi o Palmeiras. Com investimento estratosférico, não venceu nenhum campeonato. É fato que, como eu disse no início do ano (falar agora é fácil), os investimentos não eram condizentes com a qualidade dos jogadores contratados. É um time bom, mas daria para montar uma equipe melhor com o dinheiro empregado no elenco. Deu no que deu. É fato que, provavelmente, o clube alviverde não tenha contado com o sucesso do Flamengo (e, cá entre nós, difícil alguém ter previsto esse sucesso todo no início do ano; inclusive, o Flamengo passou a ”duras penas” da 1º fase da Libertadores, com 10 pontos, empatado com a LDU e Peñarol; classificou-se pelos critérios de desempate). Não fosse a astúcia flamenguista, talvez os erros de investimentos tivessem sido mascarados e o Palmeiras sagrar-se-ia campeão Brasileiro. Mas, o que não foi, fica só no talvez.

Já tenho dito, e não é de hoje, que gestão não é sinônimo direto de investimento. Dinheiro é preciso (necessário); resultado não é preciso (certeiro); há muitas outras variáveis. Pense nisso, se quiser, é claro…