A casa grande das elites brasileiras tem em sua gênese a hipocrisia, o falso moralismo em seu DNA, é herdeira das Capitanias Hereditárias, do escravagismo, da manipulação, e do autoritarismo de nossa história.
Donas absolutas de frações de poder, como a grande mídia Nacional, que é de propriedade de apenas 05 famílias que embutem um neofundamentalismo na análise manipuladora da informação, e na conceituação preconceituosa e aristocrata de nosso pensamento elitista.
Olvidamos que esses barões foram financiadores e apoiadores do Golpe de Estado de 1964 que apeou da presidência o presidente João Goulart.
Como também é fato que não são éticos, mas falsos moralistas impingidos de uma impostura que falseia de forma constante a verdade.
Contemporaneamente, os algozes do embuste não vestem fardas e nem batem continência. Usam togas ou pintam patos amarelos nas grandes capitais e usam os mesmos artifícios da manipulação e da falsa ética para se defenderem e se locupletarem das benesses do poder.
Deliberam o que é conveniente, ou aquilo que não vem ao caso, usam despudoradamente das influências e distorções para alcançar seus desígnios nada republicanos.
A democracia, a vontade soberana do povo são valores infecundos insólitos para esta casta, que às margens do Estado Democrático de Direito, acusam, julgam e condenam os que ousam pensar e agir diferentemente de seus dogmas.
O Brasil não é mais uma democracia plena, vivenciamos o retrocesso do conservadorismo, de um colonialismo, e uma ditadura disfarçada de legalidade.
Honorários gângsteres desfrutam desses privilégios, pois as suas transgressões não vêm ao caso, aja vista Eduardo Cunha e sua família, ou as delações premiadas que citam tucanos, pemedebistas, ou pessoas do círculo dos beneficiários pela cruzada anti-pensamento único.
Entretanto, inoportunamente ou simplesmente inconveniente, as mazelas e misérias dos corruptos protegidos e amparados por essas elites são relembradas para mostrar a hipocrisia e a verdadeira cruzada que o Brasil vive.
O Brasil, diferentemente do ufanismo monopolista, não está combatendo a corrupção, nem punindo corruptos, há sim uma criminalização de forças políticas antagônicas ao conservadorismo, uma espécie de farisaísmo judiciário.
Perguntas simbólicas não merecem respostas, pesos e medidas desiguais são exercidos em deboches contra o Estado Democrático de Direito.
A Constituição é rasgada, pisada, assim como os códigos de processos são deturpados e manuseados descaradamente de forma conveniente aos ditadores e celebridades da usura judiciária.
O cinismo é regra, a tortura psicológica, o jogo de cartas marcadas, o insultar da inteligência pátria é cotidiano, os direitos são violados, a liberdade é ultrajada.
Mas tudo isso não vem ao caso.