Eu não gosto de política. Eu odeio política. É tudo igual. Não me interesso por política. São expressões cotidianas da coletividade brasileira sobre a classe política.
De fato, a desvirtuação do exercício político é um fato inconteste. O promíscuo entendimento e a manipulação do público e do privado, e o enriquecimento corruptivo são axiomáticos.
O ato inculto, dos desprovidos de instrução, que revela o sujeito inepto revelador da falta de saber cultua essa alienação que contribui exatamente para o lodo pantanoso que se transformou a política.
Genuinamente parvo se caracterizam pela redução da capacidade de raciocínio, praticam o senso comum de retransmissor, de estupidez, de alienação domesticada, de tolo, e em uma delas está o preconceito.
Esse ajuizamento ou adesão, ou meramente rejeição, sem uma reflexão mais densa, sem uma análise mais criteriosa gera o preconceito. Esse ato pueril resulta de uma disposição ou indisposição irrefletida, automática, impensada, bruta, ignorante em sua acepção plena.
Segundo Albert Einstein: “Época triste a nossa em que é mais difícil quebrar um preconceito do que um átomo”.
Diminutos fortemente encontram essa alienação e seu culto, que designa os rasos conteúdos reprimidos da consciência, e também de sua despersonalização do indivíduo.
A falta de interesse em conhecimento, o reduzido interesse com seu umbigo, os levam a perda analítica, consequentemente a razão.
Grande mestre Machado de Assis em seu magnífico conto, O Alienista, retrata um hospício, asilo de alienados, o que revela o significado aquele que não pertence a si mesmo.
Na política, quem se comporta alienadamente, não toma a consciência do que sobrevêm a sua volta, e quando se dá conta atua como objeto de manada, não tem percepção clara daquilo que carece fazer. Somente segue o senso comum e a ignorância alheia.
Dante Alighieri em sua obra “A Divina Comédia” brada “Sede homem, sim, mas não obtuso gado”. A obtusidade costuma acompanhar a conduta como bando, como gado, como incapaz.
Outro atributo do alienado é seu egocentrismo. Patologia intrínseca da bestialidade, situada em seu próprio eu, olha para seu redor a partir do seu próprio eu. Esse indivíduo além de cultuar a alienação, tem como referência, tornar-se a si mesmo como sendo a medida para todas as coisas.
Em “Admirável Mundo Novo”, do inglês Aldous Huxley, retrata uma sociedade no futuro que não daria certo, portanto, um distopia. Para ele, neste contexto pondera: “Posso simpatizar com a tristeza dos outros, mas não com seus prazeres.”
Ser alienado é uma condição egocentrista, de pensamento míope, de um indivíduo mediocremente manipulado que segue apenas o fluxo da manada.