Todas as vezes que vamos analisar problemas, devemos partir do pressuposto que ele está espalhado por vários lados, pelo meio, pela intermediária, enfim, há em toda parte.
Como já estamos fartos de informações sobre os problemas da carga tributária, do custo de um colaborador e etc… E para uma melhor compreensão de fatores fundamentais que são negligenciados no processo de gestão das organizações, vou fazer um recorte sobre a importância de analisarmos a parte que nos cabe.
Pois bem, o que você acha de ir a um médico não formado? Ele, de tanto ir ao médico, ou de ler algumas coisas, ou, mesmo, fazer alguns poucos cursos em algum órgão de sistema de apoio a aprendizagem, lhe confere condições de exercer a medicina? E um arquiteto? E um cirurgião dentista?
Mas, na gestão é assim. Quantos donos de empresas têm formação adequada para exercer a atividade? Aliás, a maioria é apenas e tão somente dona da empresa, não a gere.
Claro que haters de plantão irão dizer que é diferente. Tudo é diferente. Mas, há congruências. Há profissionais liberais não formados que têm sucesso, até que a bomba estoure. Nas empresas também. Há empresários sem formação com sucesso, mas também cheio de problemas, haja vista as reclamações insistentes sobre situações que são inerentes à atividade, tais como pagar impostos e salários a colaboradores. E as reclamações dos clientes, então?
Por vezes, a bomba é auto. A pessoa tem o sonho de ser independente; abre um negócio e vira mais escrava ainda; trabalha (na operação, via de regra, e não na gestão) dez, doze horas por dia. E, ainda, vive com a corda no pescoço. Há algo errado no paraíso (e não são só os impostos, nem os colaboradores, nem os feriados).
Bem, antes de mais nada, este artigo não é para pregar a essencialidade de uma formação acadêmica, mas de uma formação sistêmica, seja ela onde for. Até porque há formações acadêmicas pífias. Gestão é área pertencente às Ciências Sociais Aplicadas. Portanto, não importa como, de onde vem o conhecimento, mas, um bom gestor é aquele que tem saberes (ao menos básico) nas áreas de filosofia, sociologia, economia, contabilidade, psicologia, comercial, relações humanas, processos produtivos e gerenciais, atendimento, liderança, direito empresarial e tributário, sistema de informação, política, marketing, planejamento estratégico, além de estatística e matemática aplicada, dentre outros. Não tem ainda? É só começar. Pense nisso, se quiser é claro…