Por Pâmela Pereira Inomata
Muitas pessoas, ao procurarem um psicólogo, se perguntam o que vai acontecer, como serão os 50 minutos de sessão por semana. Os questionamentos direcionados ao psicólogo são muitos: você vai me analisar? Tem mesmo um divã na sala? É o mesmo que desabafar com um amigo? A terapia realmente funciona? Em que isso pode me ajudar?
É perfeitamente esperado que ao iniciar um tratamento de saúde, busque o máximo de informações possíveis. Os motivos que levam à busca pela terapia são muitos: autoconhecimento, sofrimento emocional e psíquico, necessidade de mudança de hábitos, dificuldades de relacionamento, tentativas de superar eventos marcantes do passado, entre outras muitas coisas. Cada pessoa tem uma carga emocional e uma história de vida, que é interpretada de uma forma única por cada pessoa.
Não é possível afirmar com certeza o quanto alguém irá sofrer com algo, que pode ser corriqueiro ou banal para outra pessoa. Portanto, cada queixa é considerada de forma individualizada pelo psicólogo, por mais que a maneira de tratamento seja parecida e com as mesmas técnicas, cada pessoa precisa de uma forma de tratamento exclusiva.
Algumas vezes a terapia vai exigir um pouco mais de você, vai causar um pouco de dor e algumas coisas desconfortáveis virão à tona. Para ajudar a lidar com essas demandas, existe a figura do terapeuta, que também avalia em conjunto com o paciente o melhor momento para lidar com assuntos dolorosos e a capacidade de suportar essa dor. A intenção não é que a pessoa em terapia sofra com suas demandas, mas que adquira ferramentas para lidar com elas.
A terapia não é o mesmo que desabafar com um amigo, porque o psicólogo é um profissional que possui uma escuta diferenciada, é capacitado em técnicas capazes de fornecer ferramentas para lidar com suas demandas, para ajudar a uma melhor reflexão por parte do paciente. Além disso, não possui vínculos sociais, íntimos e afetivos, sendo imparcial e orientado ao não julgamento. Conversar com pessoas próximas sobre sua vida, normalmente é útil e positivo. Formar vínculos de confiança e uma rede social forte é altamente recomendável, porém, não é o mesmo que fazer terapia. O terapeuta não é alguém que irá “entregar soluções prontas e distribuir conselhos”, mas alguém que irá ajudar na reflexão do que é mais saudável nesse momento para cada pessoa, ajudando a alcançar esses objetivos.
Entretanto, o que gera as mudanças são as ações do paciente, orientadas pelo pensamento saudável.
Lembre-se o psicólogo não é médico, não é profeta, terapia não é uma simples conversa, as mudanças de hábitos ou pensamentos não serão tão rápidas como o paciente gostaria; portanto ao longo da terapia haverá momentos em que parece que “nada acontece”. Você se sentirá tentado a abandonar o processo terapêutico. Resista e persevere. Algumas pesquisas mostram que um dos principais facilitadores do tratamento é o vínculo entre terapeuta e paciente. Portanto, não se preocupe se durante algumas sessões não surgir nenhuma “descoberta” nova. A simples continuidade do processo é, em si mesma, terapêutica.
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