Se você está passando por uma situação muito difícil ou estressante e sente que seu corpo está diferente: a cabeça dói, o resfriado aparece, a digestão se complica, a respiração fica difícil ou a pele se enche de alergias; você pode estar somatizando.
O que é a somatização? São sintomas físicos os quais a medicina não explica a origem e nem constituem um quadro clínico específico. Estes sintomas podem ter sua origem nos pensamentos disfuncionais e emoções fortes que abalam o sistema psíquico.
Portanto, cada vez que uma pessoa não consegue suportar em seu psíquico uma situação; ela acaba produzindo ou agravando sintomas e doenças que se manifestam no corpo. Por exemplo: Uma pessoa está andando pela calçada quando começa a sentir falta de ar, tenta continuar sua caminhada, mas o coração dispara, sente uma forte urgência em ir ao banheiro e sua cabeça não consegue ter pensamentos claros sobre o que está acontecendo, ela só sabe que quer sair correndo dali e procurar um pronto socorro, pois está com uma forte taquicardia, mas os médicos não encontram nada que possa explicar o que aconteceu com ela e muitas vezes não identificam a falta de ar, pois percebem que ela está respirando normalmente apesar de declarar que não consegue respirar.
O fato não é uma simples coincidência, mas um processo chamado pela medicina de somatização. É a transferência para o corpo do que deveria ser vivido e suportado apenas na mente.
O estresse e a ansiedade são os principais fatores que acabam por influenciar no aparecimento, na manutenção ou repetição de uma doença física, porque eles alteram o funcionamento de vários sistemas do nosso organismo. Por exemplo: preocupação elevada, falta de percepção de capacidade em resolver questões complicadas do dia a dia, traumas causados por situações anteriores onde a pessoa se percebeu acuada e sem recursos.
Assim, apesar de mudar de pessoa para pessoa, a somatização é explicada cientificamente. Raiva, paixão, tristeza, medo e uma série de emoções causam alterações no organismo. Elas liberam ou inibem a produção de substâncias, como adrenalina, cortisol e serotonina.
No entanto, é possível controlar. Mas não é fácil e muito menos rápido, inclui autoconhecimento, a descoberta de válvulas de escape e uma mudança na maneira de encarar os problemas e reagir a eles. Para lhe ajudar neste processo faça acompanhamento com psicólogo.