Quando tudo está perdido

Opinião
Guaíra, 28 de maio de 2021 - 14h28

Sabe aquele momento em que parece estarmos no “fundo do poço”? Uma jornada que leva ao sucesso, muitas vezes, nos apresenta uma situação assim.

É nesse momento que ficamos cara a cara, frente a frente, com aquilo que mais nos amedronta. Nossos maiores inimigos, sejam eles internos ou externos, estão ali e não há outro jeito: é preciso enfrentá-los, já que, como atravessamos o Rubicão (já comentado nos artigos anteriores), não há mais como voltar.

Portanto, é um momento sombrio em nossa jornada. Vivemos (e vemos) um enorme risco. A tensão e o suspense nos assolam. A sensação de risco de morte toma conta (e de fato ela vai acontecer, já que, se desistirmos ou perdermos a batalha, a possibilidade do sucesso acaba, morre; por outro lado, se vencermos, se superarmos, um novo ser nascerá, já que demos um salto, matamos nossos medos, crescemos).

Quando estamos nessa situação, aparecem forças que nunca imaginamos que pudéssemos ter. É como aquele casal brasileiro que, em 1996, enfrentou um crocodilo para salvar o filho, nos Estados Unidos. Ou, ainda, como aquela mãe que, mesmo não sabendo nadar, entrou na caixa d’água de Franca para salvar seu filho, nos idos dos anos 2000.

Não à toa, Sun Tzu dizia que, em uma batalha, sempre é bom deixar uma área de escape ao inimigo porque, ao se ver encurralado, ele busca forças extremas e desconhecidas e, aí, o jogo, a guerra, a batalha, pode mudar bruscamente.

Renato Russo, por sua vez, em A Via Láctea, também trata do assunto. Ele diz: “quando tudo está perdido / sempre existe uma luz / Quando tudo está perdido / sempre existe um caminho”.

Porém, se não enfrentarmos essa provação suprema, um risco real e absoluto, muitas vezes não conseguiremos enxergar essa estrada que existe, mas cega aos nossos olhos.

O fato é que o sucesso (um resultado positivo) é precedido por um caminho. Este tem fases importantes e decisivas. Por isso, precisamos entender que não é o sucesso que nos faz diferentes, mas o inverso. Ao enfrentarmos nossos medos, nossos inimigos internos e externos, ganhamos força, casca grossa, experiência. Aí, por sermos e estarmos diferentes, é que chegamos ao sucesso.

Assim, não podemos desistir. É preciso enfrentar os obstáculos que a vida nos impõe. Humberto Gessinger, em Outras Frequências, nos diz: “se fosse fácil encontrar o caminho das pedras, tantas pedras no caminho não seriam ruins”. 

O fato é que a pedra é a pedra, e ponto. Se está na nossa estrada é uma pedra no caminho. Porém, se enfrentarmos a provação profunda, ela pode, se assim conseguirmos fazer e enxergar, se transformar no caminho das pedras.

Pense nisso, se quiser, é claro!

 

Prof. Ms. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor, escritor e CEO da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior 

 


TAGS:

Coltri Junior

Professor Coltri Junior é palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos

Ver mais publicações >

OUTRAS PUBLICAÇÕES
Ver mais >

RECEBA A NOSSA VERSÃO DIGITAL!

As notícias e informações de Guaíra em seu e-mail
Ao se cadastrar você receberá a versão digital automaticamente