SEDENTARISMO

Opinião
Guaíra, 16 de fevereiro de 2024 - 18h18

No silêncio monótono de uma tarde cinzenta, ela se encontrava, imersa em sua rotina sedentária. Sentada diante de uma tela brilhante, os dedos dançavam sobre o teclado, enquanto seus olhos percorriam linhas de texto virtual. Era um cenário familiar, confortável até, mas obscuro em seus efeitos.

A vida se desdobrava em uma sequência previsível de eventos. Levantar-se, comer, trabalhar, dormir – tudo envolto em um manto de inatividade. Os dias se desenrolavam sem que ela sequer percebesse a passagem do tempo, enredada em um ciclo vicioso de comodidade estática.

As horas se transformavam em dias, os dias em semanas, e assim por diante, enquanto ela permanecia cativa de sua própria inércia. Os músculos se atrofiavam lentamente, os pensamentos se embotavam e a vitalidade escorria por entre os dedos como água em um riacho seco.

A luz do sol parecia distante, filtrada através das cortinas cerradas de sua existência confinada. O mundo lá fora pulsava com energia, vida e movimento, enquanto ela permanecia ancorada em seu universo isolado, alheia ao chamado da natureza e ao convite da aventura.

Os sinais de alerta eram sutis no início, uma dor nas costas ocasional, um suspiro de cansaço ao subir uma escada. Mas com o tempo, eles se intensificaram, como murmúrios persistentes em seus ouvidos, lembrando-a dos perigos iminentes de sua escolha passiva.

Os médicos advertiram sobre os riscos do sedentarismo, os perigos que espreitavam nas sombras de sua complacência. Doenças cardíacas, obesidade, depressão – um catálogo sombrio de consequências para aqueles que ousavam desafiar os limites do movimento humano.

E assim, em meio ao silêncio ensurdecedor de sua existência imóvel, ela se viu confrontada com uma escolha. Um ponto de virada, um momento de decisão. Permanecer na segurança de sua zona de conforto, ou ousar dar o primeiro passo em direção à liberdade.

E foi nesse instante de clareza, no despertar de uma consciência há muito adormecida, que ela decidiu se levantar. Lentamente, quase hesitante no início, mas com determinação crescente, ela se ergueu de sua cadeira e se aventurou além das paredes de sua prisão autoimposta.

A jornada rumo à vitalidade foi longa e árdua, marcada por desafios e retrocessos, mas também por triunfos e descobertas. Ela aprendeu a apreciar o movimento do corpo, a dança da vida em todas as suas formas e expressões.

E à medida que os dias se transformavam em semanas, e as semanas em meses, ela descobriu uma nova sensação de vitalidade e plenitude. Seus passos eram mais leves, seu sorriso mais brilhante, e seu coração, uma vez adormecido, agora pulsava com a promessa de um futuro repleto de possibilidades.

Pois ela havia descoberto, da maneira mais poderosa possível, que a verdadeira essência da vida reside no movimento. No constante fluxo e mudança, na dança eterna entre o ser e o fazer, na busca interminável pela próxima aventura à frente. E nesse insight simples, mas profundamente transformador, ela encontrou a chave para desvendar as correntes do sedentarismo e abraçar a liberdade do movimento. 

Qualquer semelhança com a realidade, não é uma coincidência. Mexa-se !!!

Autor Desconhecido

 


TAGS:

Artigos sem Colunistas!!!

Ver mais publicações >

OUTRAS PUBLICAÇÕES
Ver mais >

RECEBA A NOSSA VERSÃO DIGITAL!

As notícias e informações de Guaíra em seu e-mail
Ao se cadastrar você receberá a versão digital automaticamente