Violência: veneno e antídoto!

Opinião
Guaíra, 15 de julho de 2017 - 11h55

Vivemos, sem qualquer dúvida, dias atribulados e a matéria-prima do noticiário das emissoras de rádio, televisão e jornais é a violência, lamentavelmente generalizada, alcançando desde as grandes metrópoles até as menores cidades deste país.

Em recente pronunciamento na Assembleia Legislativa, apoiei reivindicação de um colega quanto ao aumento da quantidade de policiais militares e civis para garantir maior segurança e proteção às nossas famílias. Na região de Ribeirão Preto, mesmo a violência atinge tanto a população urbana como, de algum tempo para cá, também a população rural.

O problema, entretanto, é muito mais grave e mais profundo; apenas o aumento do aparato policial, seja ele militar ou civil, será insuficiente se não houver o combate rigoroso às causas de tanta violência. Segundo uma regra filosófica básica não há efeito sem causa: a violência, claro, é o efeito; a causa maior é a falta de paz, amor e compreensão no coração de pessoas.

Ribeirão Preto e toda a região vivem situações similares às ocorridas em todo o Brasil:   diariamente, o noticiário policial registra furtos de veículos, assaltos, roubos, estupros, homicídios, latrocínios e todo o tipo de violência. Mesmo assim, em São Paulo, os índices de violência são menores do que em muitos outros estados brasileiros.

O fundamental, não me canso de afirmar,  é  combater a “fábrica de bandidos”  existente não só em nosso Estado mas em todo o país, para  não ocorrerem fatos como os registrados corriqueiramente:  um aluno de 14 anos agrediu o diretor da escola;  uma aluna jogou uma bacia na cabeça da professora; uma manicure sequestrou e matou o filho de seis anos de uma amiga dela; uma  quadrilha de delinquentes estuprou  e violentou  casais no Rio de Janeiro.

Tendo como base a minha formação religiosa acho que,  se as pessoas não colocarem, com urgência, a paz  dentro de seus corações, não conseguiremos resolver essa crise mundial na qual vemos as novas gerações crescendo sem consciência do certo e do errado,  agindo pura e simplesmente com o objetivo de levar vantagem em tudo, para tanto não hesitando em trilhar o caminho  da violência e do ataque ao próximo como meio de, sem trabalhar,  garantir resultados financeiros de forma mais fácil e mais rápida.

Dentro desse contexto, a corrupção é um efeito colateral dessa ideia de atingir fins sem se preocupar com os meios; afinal –  e isto a gente deveria aprender em casa  ou na escola –  fins lícitos não justificam meios ilícitos.

Se a violência, a corrupção e o desrespeito ao próximo são venenos, a paz no coração e o respeito aos valores éticos e morais – inoculados  desde a mais tenra idade – podem  e devem  ser  antídotos!


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Welson Gasparini

Welson Gasparini, deputado estadual (PSDB), advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto

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