Nosso maior desafio
O presidente Jair Bolsonaro fez, na noite de terça-feira (31), pronunciamento em rede nacional de rádio e TV no qual afirmou que a pandemia provocada pelo novo coronavírus (covid-19) é o “maior desafio da nossa geração”. Bolsonaro voltou a enfatizar a necessidade de se implementar medidas para a preservação de empregos. “O efeito colateral das medidas de combate ao coronavírus não pode ser pior do que a própria doença. A minha obrigação como presidente vai para além dos próximos meses. Preparar o Brasil para a sua retomada, reorganizar nossa economia e mobilizar todos os nossos recursos e energia para tornar o Brasil ainda mais forte após a pandemia.”
Preocupado com empregos
Bolsonaro destacou políticas em defesa do emprego e da renda como a ajuda financeira aos estados e municípios (com adiamento de pagamento das dívidas), linhas de crédito para empresas, auxílio mensal de R$ 600 aos trabalhadores informais e vulneráveis e entrada de cerca de 1,2 milhão de famílias no programa Bolsa Família. “Temos uma missão: salvar vidas, sem deixar para trás os empregos. Por um lado, temos que ter cautela e precaução com todos, principalmente junto aos mais idosos e portadores de doenças preexistentes. Por outro, temos que combater o desemprego, que cresce rapidamente, em especial entre os mais pobres. Vamos cumprir essa missão ao mesmo tempo em que cuidamos da saúde das pessoas.”
Hidroxicloroquina
Bolsonaro afirmou que o governo está adquirindo novos leitos com respiradores, equipamentos de proteção individual (EPI), kits para testes e outros insumos e voltou a falar que a hidroxicloroquina parece eficaz contra o novo coronavírus, mas que ainda não há vacina ou remédio com eficiência cientificamente comprovada.
Nos EUA
Já nos EUA, diante do aumento expressivo dos casos de Covid-19, que registram mais de 140 mil casos e quase 2,5 mil mortos no país norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou emergencialmente e de forma limitada o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina. A medida vai ao encontro do desejo do presidente Donald Trump e contraria as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do principal infectologista norte-americano, Antonio Fauci, um dos diretores dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.