Anulou o processo!
A Juíza Federal Pollyanna Kelly Maciel Martins Alves, da 12ª Vara Federal de Brasília, rejeitou denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso que ficou conhecido como sítio de Atibaia. Ficou surpreso por não ter visto alarde sobre o fim do caso do sítio? É, parece que a corrupção não importa mais. A mídia cai em cima de Bolsonaro e se esquece de noticiar outras informações à população. A Juíza não anulou as provas, ela fez a anulação do processo! Lula era acusado pelo MPF de usar as construtoras OAS e Odebrecht nas obras do sítio. Em troca, as empresas seriam beneficiadas em contratos públicos. Além dele, todos os outros denunciados pelo Ministério Público Federal como os ex-presidentes da OAS Léo Pinheiro e da Odebrecht Marcelo Odebrecht no caso do sítio de Atibaia tiveram denúncia rejeitada pela juíza. Que país é esse?
Absurdo!
Mesmo sendo condenados em segunda instância, a decisão havia sido revertida pelo ministro Edson Fachin, do STF, que anulou em março deste ano todas as condenações da 13ª Vara Federal de Curitiba. A decisão tornou Lula elegível e fez com que o caso do sítio de Atibaia e os demais processos que envolviam Lula fossem remetidos para a Justiça de Brasília. Aí, a farra foi geral, né!
STF sempre ajudando
Não foi só Fachin que conseguiu amenizar toda a situação para o Lula. Se lembram quando o ex-presidente petista estava preso e, em 2019, após mudança jurisprudencial do Supremo, que voltou a proibir a prisão em 2ª instância, ele foi solto? Em novembro daquele ano, o plenário, por 6 a 5, decidiu que não é possível a execução da pena depois de decisão condenatória confirmada em 2ª instância. Depois, em março deste ano, o Supremo provocou uma nova reviravolta. A 2ª Turma do tribunal decidiu, por 3 votos a 2, que Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato em Curitiba, foi parcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá. A maioria de votos havia sido atingida após revisão de voto da ministra Cármen Lúcia, que havia se posicionado contra o pedido em 2018, quando começou a ser analisado.