PAME faz combate em três simultâneos focos de incêndio que atingiram pelo menos cinco municípios

A intensidade do fogo atingiu lavouras e pastagens, áreas ambientais, fechou rodovias e exigiu evacuação de moradores rurais. O combate prosseguiu na quinta (19) com efetivo de centenas de brigadistas e dezenas de caminhões bombeiros das Usinas que integram o PAME

Cidade
Guaíra, 22 de agosto de 2021 - 09h52

A quinta-feira (19) foi preocupante e exaustiva, com os diversos focos de incêndio em, pelo menos, cinco municípios da região. Assim como ocorria o combate ao fogo que consumia a estação ecológica de Santa Maria, entre São Simão e Serra Azul, outro incêndio em área de pastagem atormentava quem trafegava na rodovia da cidade de Maria, em Barretos.

Desde o início da manhã daquele dia, o PAME (Plano de Auxílio Mútuo) – que reúne as unidades sucroenergéticas Usina Colorado, Usina Guaíra e Usina Alta Mogiana – com o apoio da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, e polícias Militar, Rodoviária e Ambiental, além do apoio de outras usinas regionais, estiveram juntos no enfrentamento ao primeiro dos três focos de incêndio que destruíram grande área de cultivo e de interesse ambiental, alcançando pelo menos cinco municípios da região: Ituverava, Miguelópolis, Ipuã, Morro Agudo e Guaíra.

O primeiro foco, que começou junto às margens da rodovia Anhanguera, entre Ituverava e Aramina, tomou proporções intensas e avançou a sudoeste, ultrapassando o Rio do Carmo e atingido lavouras de cana, pastagens e outros, desde a sua origem, passando por Miguelópolis e chegando ao município de Ipuã. A fumaça propagada chegou a interditar, por horas, o trânsito na rodovia SP-385 entre Ituverava e Miguelópolis.

Um criador de gado pediu socorro para as equipes PAME, para coibir que o fogo destruísse uma casa na área rural, próxima ao entroncamento da estrada córrego do atalho/lagoa feia (no município ituveravense), onde moradores já haviam sido retirados por causa da aproximação do incêndio.

A rapidez e intensidade das chamas, provocadas por ventos, dificultaram o seu controle; os combatentes realizaram ações estratégicas para reduzir seu avanço e propagação. 

Este incêndio, ainda sem causa definida, pode ter sido originado por fagulhas que se reacenderam em uma área de vegetação, originadas de outro ocorrido há poucos dias, próximo ao bairro rural Brejão, de Aramina.

No início da tarde de quinta, o segundo foco foi comunicado, no lado direito da Rodovia SP-345 Km 114, entre Franca e Barretos, originado na lavoura Biosev, avançando à esquerda até as áreas de Morro Agudo. Felizmente, este foi controlado com maior rapidez.

Para fechar a tarde, o esforço de outra frente de brigadistas atuou no terceiro foco, que ocorreu na região da Santa Maria, frente ao Pindoba – em Guaíra. Um caminhão, que fazia manutenção na rede elétrica da propriedade, encravou em área de pasto, patinou sobre capim seco da pastagem, provocando o início do incêndio.

 

O PAME

O contingente do PAME conta com mais 500 brigadistas aptos, 100 veículos bombeiros eletivos, várias câmeras espalhadas – de alto alcance e resolução para cobrir monitoramento de todo o raio de atuação – ronda permanente de veículos para fiscalizar e manter programa de conscientização dos munícipes, entre outras estratégias.

Mesmo com todos estes recursos, sendo empregados 24h durante o ano todo para coibir o início e propagação de incêndios, sejam eles provocados por força maior, de origem acidental e ou criminosa, ainda assim ocorrem muitos casos na região. Sabe-se que a massa de ar quente e seca que predomina nesses municípios durante grande período do ano aumenta a chance das ocorrências e propagação de fogo.

“Contamos com todo o apoio da comunidade e demais compromitentes com a segurança mútua, que ajudam do modo possível e seguro, seja avisando por meio dos telefones de pronto atendimento do PAME ou avisando os policiais militares, em caso de avistarem formação de fumaça ou movimentação suspeita que demonstre ateamento de fogo.  O corriqueiro fato de algumas pessoas ainda empregarem fogo para eliminar lixo de seus quintais motiva ocorrências de incontroláveis focos. O incêndio não respeita nada ou ninguém, prejudica a saúde, a segurança alimentar e principalmente o meio ambiente, portanto, prejudica todos e a tudo. Por esta razão, a responsabilidade de coibir incêndios não é só desse ou só daquele, mas sim de todos nós”, afirma José Pedrosa, gerente ambiental do Grupo Colorado.


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