A comissão organizadora da Festa do Peão de Guaíra, através de seu membro Jamel Abdala, informou que o evento, que havia sido adiado para outubro de 2020, por causa da pandemia, que continua aumentando no interior de São Paulo, será novamente adiado: dessa vez, para maio de 2021.
A Associação Guairense de Fomento, responsável pela concretização da festa, aponta que, para que tudo ocorra normalmente, é necessário que o momento pandêmico acabe ou que uma vacina seja distribuída para a população. “A AGUF é uma entidade séria, com pessoas sérias e não temos interesses secundários nenhum, nem financeiros, políticos ou eleitoreiros. Queremos fazer um evento a altura. Quis o destino que, por causa da pandemia, essa festa fosse adiada, achávamos que se fosse adiada por 5 meses e estaria tudo resolvido, mas acabou tendo que acontecer no próximo ano. Não conseguimos fazer essa festa, não por falta de vontade nossa, ou por vontade da população, mas simplesmente por um problema de saúde sério”, afirmou Jamel. “A grade foi adiada. Assim que percebemos o crescimento da pandemia, ligamos para os empresários imediatamente, remarcamos com a mesma grade para outubro, acreditando que não teríamos mais a pandemia e teríamos uma vacina, mas, infelizmente, o Brasil continua muito forte com a doença e ainda não se descobriu uma vacina comprovada e eficaz.”
Segundo ele, os shows não foram cancelados. “Eles estão sendo remarcados e, se estivermos trabalhando muito bem, realizaremos o show surpresa. Tudo depende do momento oportuno na parte de comercialização. Se já tivermos uma vacina, comprovada e eficaz, já no início do ano, temos certeza que será um grande evento. E não vamos fugir da raia, traremos um show gratuito. A festa é beneficente e ninguém visa lucro, está tudo sendo feito da melhor maneira possível. Se pudéssemos fazer em outubro, seria o maior prazer, mas não há condições”, explica Abdala.
VENDAS
Jamel explicou a situação sobre as pessoas que já adquiriram os convites. De acordo com ele, como a festa estava tendo boas vendas, principalmente com camarotes, os cheques pagos pelos visitantes foram repassados ao empresário responsável pela vinda dos cantores. “Fomos abatendo nas despesas de shows. Sempre foi assim. Sempre pegamos os cheques e vamos adiantando, pagando o empresário Marcinho Costa, Ficamos com uma dívida bem pequena, deixando o mínimo para a festa, que aconteceria em maio.”
As vendas já tinham ultrapassado as primeiras, segundas e terceiras fileiras dos camarotes. “Já estávamos trabalhando com a 4ª e 5ª filas, com praticamente tudo das 1ª, 2ª e 3ª vendido. Com relação aos convites, vendemos e não foi nada exagerado, quem vendeu muito foi o Sindicato dos Servidores, porque a permanente começa chega ao ponto alto de venda mesmo em maio.”
DEVOLUÇÃO
O integrante da AGUF explica como será feita a devolução dos valores para aquelas pessoas que adquiriram seus convites, mas não querem ou podem participar do evento em maior de 2021. “Quem comprou seus ingressos ou camarotes já está com os convites garantidos para a festa, porque nós não cancelamos, mas sim adiamos para outubro e, por infelicidades, fomos obrigados a adiá-la novamente para maio do ano que vem. Quem tem seu ingresso pode ficar tranquilo, porque perderá validade nenhuma, não será acrescido valor nenhum. Eles terão o mesmo valor na festa que, se Deus quiser, ocorrerá em maio. Agora, se a pessoa não puder, por algum motivo ou não quiser participar em maio, vamos devolver o dinheiro na época. Não vamos usar de uma medida que está virando lei agora, não usaremos desta lei para parcelar em 10 vezes.”
Jamel se refere à Medida Provisória nº948, de abril de 2020, na qual o presidente da República, Jair Bolsonaro, atesta que, em razão do estado de calamidade pública, na hipótese de cancelamento de eventos, o prestador de serviço não será obrigado a reembolsar os valores pagos, desde que assegure algumas regras, como: a remarcação das datas; disponibilização de crédito; ou a restituição do valor atualizado pelo IPCA no prazo de 12 meses.
“O presidente soltou a medida provisória (ainda não sancionada) de que pode ser parcelado em 10x após a pandemia ou na impossibilidade de não realizar o evento. Mas não vamos fazer isso. Se a pessoa não quiser ir ao evento por um motivo ou outro, na época da festa vamos trocar o ingresso da pessoa por dinheiro, simplesmente isso. O que não podemos fazer é agora, porque já foi repassado a maior parte desse dinheiro ou para empresário, ou para despesas correntes. Estávamos administrando esse dinheiro e pagando muitas coisas menores, como já temos contrato com estrutura, praça de alimentação, som, iluminação, decoração, estava tudo alinhado. A gente assumiu alguns compromissos, afinal, estávamos em março e maio estava batendo na porta. Íamos fazer uma boa festa, tudo caminhava para acontecer uma grande festa”, justifica.
O organizador esclarece que, que não quiser participar, poderá reaver esse dinheiro, porém, somente na época da festa, “porque, comercialmente, teremos caixa nessa época”. “Se a pessoa chegar para nós e dizer que não vai querer, faremos a devida operação de volta. Recuperaremos o ingresso e devolveremos o valor, mas num momento oportuno. Atualmente, fica impossível fazer isso, até porque estamos amparados tanto pela ABRAPE quanto pela medida provisória que o presidente da república editou.”
Dúvidas podem ser esclarecidas pelos integrantes da comissão, ou até mesmo com Jamel, que se disponibilizou a atender aqueles que estiverem receosos quanto a algumas questões.