Na visão de José Eduardo Coscrato Lelis, mesmo com uma arrecadação menor, sua equipe trabalhou e apresentou avanços
Legenda: “Sei que ainda tem muito a aperfeiçoar, mas preciso do apoio da comunidade, fazer um equilíbrio financeiro, discutir as prioridades e gerar empregos, que é minha meta principal.”
José Eduardo Coscrato Lelis retornou oficialmente à prefeitura nesta semana e concedeu entrevista ao Jornal O Guaíra para fazer um balanço destes primeiros seis meses de gestão no município.
Para o Chefe do Executivo, com R$ 9 milhões a menos em caixa, em comparação ao mesmo período no ano de 2016, a cidade progrediu e obteve melhorias. “Guaíra não poderia continuar como estava, com ruas esburacadas, sem iluminação e frota sucateada. Acredito que melhorou e muito o município. Sei que ainda tem muito a aperfeiçoar, mas preciso do apoio da comunidade, fazer um equilíbrio financeiro, discutir as prioridades e gerar empregos, que é minha meta principal”, declara.
A comparação foi feita referente ao primeiro semestre de 2016, que arrecadou R$ 70.226.122,09. Nestes seis meses, em 2017, a arrecadação diminuiu para R$ 66.498.725,00. “Além disso, tivemos que pagar as despesas já empenhadas pelo governo anterior. Foram 14% a menos que deixou de entrar na prefeitura, um total de R$ 8.957.397,00”, exemplifica.
Na visão de José Eduardo, mesmo com uma arrecadação menor, sua equipe trabalhou e apresentou avanços. “Mesmo com nove milhões a menos pagamos o que tinha que ser pago, fizemos reforma dos veículos sucateados, fizemos os tapa buracos necessários na cidade, dos 1.300 pontos de iluminação danificados sobraram apenas 250 e estamos com as contas em ordem. A prefeitura não deve nada”, alega. “Isso é gestão”, completa.
Ao ser questionado sobre os problemas que persistem e são alvos de intensas reclamações de cidadãos nas redes sociais e imprensa, Lelis destaca que seu mandato está procurando priorizar o essencial. “Fizemos economias pontuais que geraram resultados. Com nove milhões a menos precisa dar prioridade ao mais essencial. Diminuímos o dinheiro mal gasto e, além disso, gastamos 22% com a saúde.”
O prefeito ainda cita alguns pontos recuperados. “Criamos processo dentro da gestão de averiguar a performance dos veículos, como fazer para que eles gastem menos e trabalhem mais. Fizemos reforma na frota de forma sistemática, com economia. Economizamos significativamente no próprio transporte universitário, onde gastou-se esse ano quase R$ 260 mil a menos em comparação ao ano passado. Economizamos em horas extras. Houve todo um envolvimento dos funcionários para melhorar a eficiência. Na questão do lixo, diminuímos nas toneladas recolhidas, baixando 15% do que se recolhia usualmente. A própria distribuição de remédios, que gera um pouco de desconforto, é uma forma de fazer gestão para comprar medicamentos cada vez mais para quem precisa. Não tem favorecimento, não tem paternalismo. Esses vícios conseguimos erradicar, mas sabemos que ainda precisa-se melhorar muito”, aponta.
Sobre a demora nas licitações, o Chefe do Executivo diz que continua buscando “gestão” em todos os setores. “De reforma de implementos, máquinas e veículos, estou buscando cotação de preços antes de soltar licitação pra não ter problema de dinheiro mal gasto e nem corrupção dentro da prefeitura. Nos preocupamos em cada processo, com o custo de cada um, buscando eficiência”, afirma.
José Eduardo acredita que a previsão para os próximos anos seja de melhores notícias. “Como o índice de participação do município reflete após dois anos, acredito que deveremos pegar um percentual de um bom período em 2018. Iremos melhorar participação de ICMS nos próximos meses. Essa é minha expectativa”, finaliza.