“Abrimos lá já, já passa pedestre, passa até bicicleta se quiser, lá na ponte, na travessia…” Essas foram as palavras do prefeito interino Edvaldo Morais, em entrevista para uma rádio local, na última semana, sobre a “ponte do Reynaldo Stein”, que pretende interligar o bairro com o Eldorado.
Mas não é bem assim. Tanto essa quanto a ponte que deve aproximar o Bairro São Francisco da cidade são empreendimentos complexos que demandam tempo e muita dedicação de um governo para serem concretizados.
Para esclarecer a situação, o Jornal O Guaíra enviou questionamentos para a prefeitura que foram respondidos pelo departamento municipal de Obras e Manutenção de Próprios Públicos. A redação questionou se o local próximo ao Reynaldo Stein estaria mesmo recebendo pedestres, como o que foi dito pelo chefe do Executivo, já que ao constatar pessoalmente percebe-se que não há condição alguma de passagem. O chefe do setor, Fernando Rocha, declarou que o prefeito deve ter “afirmado que as pessoas têm ido para ver as interferências realizadas e como ficará o trecho de intervenção e não que já estão atravessando o curso d’água”.
A área foi alvo de campanha política há algumas semanas, mas a obra sequer foi licitada e ainda não há estimativa do quanto será gasto. “Não [ocorreu a licitação]. Depende do valor final do Orçamento e se vai haver programas de convênios e contratos de repasse em que tal objeto se encaixe”, informa o chefe do departamento.
A única ação feita na região do Reynaldo Stein foi a limpeza do terreno para “averiguar se o Estudo Preliminar e a concepção adotada são compatíveis com as condições locais e então ser elaborado o Projeto Executivo”.
Como é um empreendimento feito em uma área de preservação, a única coisa que a prefeitura conseguiu foi a “Autorização para Supressão junto à CETESB”. A próxima etapa é encaminhar os Projetos Executivos para obtenção de Licenças e Outorgas, fase esta que está interrompida devido à transição do governo, segundo Fernando Rocha.