PRONAF: Crescem os desembolsos de crédito para a agricultura familiar

Agro
Guaíra, 12 de fevereiro de 2017 - 07h34

Dos principais alimentos básicos financiados, os destaques foram o tomate, feijão e arroz nas contratações em relação ao mesmo período de 2015/16

Os desembolsos do Pronaf, programa formado por um conjunto de linhas de crédito rural a juros subsidiados voltadas à agricultura familiar, somaram R$ 13 bilhões na primeira metade desta safra 2016/17 (de julho a dezembro do ano passado), 4,5% mais que no mesmo período do ciclo anterior. O montante representa pouco mais de 40% dos R$ 30 bilhões ofertados para toda a temporada. Os dados, baseados em informações do Banco Central, foram divulgados pela Secretaria Especial da Agricultura Familiar.

No total desembolsado, chama a atenção a demanda pelos recursos da linha do Pronaf Custeio, destinada ao financiamento da produção de alimentos básicos como arroz e feijão, que no atual ciclo contam com juros mais baixos ­ de 2,5% ao ano, ante os 5,5% ao ano cobrados nas demais linhas do Pronaf. Apenas as contratações de crédito para o cultivo dos dez principais produtos básicos cresceram 15% e alcançaram R$ 570 milhões no intervalo.

Dos principais alimentos básicos financiados, os destaques foram o tomate, com aumento de 90% nas contratações em relação ao mesmo período de 2015/16, o feijão (incremento de 40%) e o arroz (alta de 7%). Novidade do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17, essa linha do Pronaf é destinada à produção de 24 alimentos da cesta básica e recebeu um aporte de R$ 4,1 bilhões para todo o ciclo. Na avaliação do secretário José Ricardo Roseno, esses recursos “vieram para ficar” e devem continuar a ser ofertados na safra 2017/18. “Esses juros mais baixos ajudaram a trazer a inadimplência nos financiamentos do Pronaf para menos de 1% ao ano”, afirmou.

Incluindo todos os produtos, as contratações do Pronaf Custeio de julho a dezembro de 2016 cresceram 9%, para R$ 8 bilhões, enquanto nas linhas de investimento os desembolsos somaram R$ 5 bilhões.

A secretaria também registrou uma expressiva ampliação no número de adesões ao Pronaf por parte de cooperativas agrícolas e pequenas agroindústrias. A emissão das Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAP) para pessoas jurídicas cresceu 89%, para 6.582 nos seis primeiros meses do ciclo 2016/17.

Roseno afirmou que o foco do governo para a agricultura familiar em 2017 deve ser assistência técnica e extensão rural, regularização fundiária, comercialização de produtos da agricultura familiar e atenção à região do semiárido e às mulheres. “Estamos negociando para que o Pronaf [da safra] 2017/18 inclua uma linha para a criação de empresas de assistência técnica rural”. (PortalAgronegócio)


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