Quando a generosidade veste um cobertor

Cidade
Guaíra, 4 de julho de 2025 - 15h39

Há um tipo de frio que não aparece nos termômetros. Um frio que não se vê, mas se sente  no concreto gelado onde falta colchão, na madrugada longa de quem não tem janela para fechar, no silêncio das casas onde as crianças se encolhem sob panos finos demais para proteger. É esse frio que mais dói. E é justamente contra ele que a solidariedade se veste de gesto.

Em tempos em que o egoísmo parece mais confortável do que o cuidado com o outro, a empresa Campofert decidiu fazer diferente. Doou 50 cobertores à Campanha do Agasalho do Fundo Social do município. Um número que, à primeira vista, pode parecer simples, mas que carrega consigo 50 histórias de alívio, 50 noites menos cruéis, 50 famílias envoltas num pouco mais de dignidade.

A campanha teve início ainda no final de abril, e desde então vem recolhendo e distribuindo agasalhos, mantas, esperança. As famílias pré-cadastradas no CadÚnico são chamadas para receber os donativos com prioridade para aquelas que, no ano passado, não puderam ser contempladas. É uma logística delicada, feita com cuidado, para que a ajuda chegue a quem realmente precisa.

E os cobertores da Campofert chegaram como abraço. Um presente simples, mas que tem o poder de transformar o cotidiano de quem, muitas vezes, já se acostumou com a dureza da necessidade. O horário para retirada  das 13h30 às 16h30  é mais do que um detalhe: é a chance de encontrar, mesmo que por alguns minutos, acolhimento e escuta.

A Casa de Passagem também segue como ponto de apoio, recebendo aqueles que buscam não apenas uma peça de roupa, mas talvez um pouco de compreensão e calor humano. Porque mais do que cobrir o corpo, a solidariedade aquece a alma.

A presidente do Fundo Social de Solidariedade, Marta Barbar Silva, destacou o gesto da Campofert como exemplo de responsabilidade social:

“A doação da Campofert mostra o compromisso de nossas empresas com o bem-estar da comunidade. Juntos, aquecemos quem mais precisa neste inverno. Vamos fazer a diferença!”

E o convite está feito. A campanha continua, e mais do que roupas, ela pede atenção, empatia, envolvimento. Cada agasalho doado é um ato de resistência ao frio e à indiferença. Porque é fácil reclamar das temperaturas baixas quando se tem um cobertor e uma xícara quente nas mãos. Difícil é olhar para o lado e enxergar quem não tem nada disso.

A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação social,  é um chamado. Um lembrete de que o inverno passa, mas o impacto de um gesto pode durar para sempre.

Seja como a Campofert. Faça o frio do outro doer em você  nem que seja só um pouquinho. E, se puder, estenda sua mão. Às vezes, ela pode se transformar em cobertor.


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