Os vereadores, Moacir Gregório e Maria Adriana, em reunião com Jonas
Uma reunião, solicitada pela Câmara há um ano, ocorreu na tarde desta segunda-feira (30), na Santa Casa de Misericórdia de Guaíra, entre o provedor Jonas Nogueira Lelis e os vereadores Moacir João Gregório e Maria Adriana de Oliveira Gomes.
O encontro serviu para que os parlamentares pudessem expor suas opiniões e ouvir do administrador a atual situação do hospital.
Maria Adriana demonstrou preocupação com a suspensão das cirurgias nos finais de semana – atualmente, casos de pacientes que necessitam de procedimentos cirúrgicos entre sábado e domingo são transferidos para a cidade de Barretos. Jonas declarou que a medida foi tomada para contenção de despessa com os plantões médicos nos finais de semana, uma vez que a entidade não dispõe e recursos para este pagamento.
Sobre a situação financeira, Lelis esclareceu que a atual gestão herdou uma grande dívida e que atualmente conta com um déficit mensal de R$ 200 mil. “O valor repassado pela prefeitura não é suficiente, porque serve para custear a contratualização para a prestação de serviços ao município, como por exemplo, o pagamento de médicos que prestam serviços nas especialidades que atendem pacientes que procuram pelo sistema público de saúde.”
Parte desta dívida da Santa Casa está relacionada a impostos. Como não tem certidões que atestam que a instituição não possui dívidas com o Estado e União, acaba ficando impedida de receber recursos conquistados junto a Deputados, Secretarias de Estado e Ministérios. Se é disponibilizado algum recurso pelas esferas Estadual ou Federal, o valor não é liberado por falta de documentações.
Moacir Gregório apontou que a prefeitura deveria assumir sua responsabilidade financeira com o hospital, que é o único que presta este serviço aos munícipes. “Precisa cortar outros gastos desnecessários e investir na Saúde”, frisou ele. O parlamentar ainda indagou se existia interesse da provedoria em devolver a gestão da Santa Casa para a prefeitura e ouviu de Jonas que isto não passa pela sua cabeça neste momento.
O provedor conclamou todos os vereadores a unirem forças em busca de uma saída para o problema financeiro. Ele ressaltou que o atendimento recebe muitos elogios da população, pois não perdeu a sua qualidade, mas que a dívida existe e precisa de uma solução. Por outro lado, os edis se colocaram à disposição, mas deixaram claro que quem tem o “poder da caneta” e principalmente das decisões é o prefeito.
Em uma análise sobre a reunião, Moacir declarou que espera do Poder Executivo um auxílio ao hospital. “Não pode apenas entregar a entidade na mão de uma provedoria sem dar condições de trabalho. Espero que o prefeito e sua equipe busquem uma solução. Como vereador, estou disposto a colaborar.”
Já Maria Adriana alegou que falta ação do poder público. “Precisamos agir. É o único hospital de nossa cidade e vive uma crise financeira. Nós, como o parlamentares, estaremos sempre à disposição para trabalhar. Mas, cabe ao Poder Executivo também buscar uma solução”, encerrou.