



O sentimento predominante foi de proteção e respeito às famílias, que reivindicam segurança e continuidade no atendimento especializado. Durante a reunião, o prefeito afirmou que o município não medirá esforços para garantir acolhimento e suporte aos alunos especiais.
Segundo Junão, o dever do gestor é cuidar de quem mais precisa e tratar o tema com responsabilidade, transparência e sensibilidade. O prefeito reforçou que nenhuma criança será deixada para trás e que a Prefeitura está tomando todas as providências para assegurar a continuidade do atendimento. Ele destacou que recursos não são o problema central, mas sim a necessidade de cumprir critérios legais e administrativos exigidos pelos órgãos de fiscalização.
A diretora da Apae informou que a equipe vai trabalhar em conjunto com a com as mães para formalizar o plano de trabalho e a demanda oficial, garantindo que o processo seja realizado dentro da lei e com segurança para todos. E estão empenhadas para agilizar o atendimento com reforço no cuidado às famílias desde agora.
Mães, profissionais e autoridades presentes reconheceram a importância desse diálogo e saíram da reunião com o compromisso assumido pelo Executivo: nenhuma criança ficará descoberta e o município continuará ao lado das famílias que precisam de atenção especial. O prefeito destacou, olhando nos olhos das mães, que elas terão sempre portas abertas na administração e que novas reuniões serão realizadas sempre que necessário.
A mensagem final foi clara: respeito, seriedade e cuidado com as crianças e suas famílias vêm acima de qualquer disputa ou discurso político.
A cidade acompanha, com esperança, os próximos passos dessa construção conjunta.
Abaixo alguns depoimentos
Depoimentos das mães e avós
“Depois que meu filho começou na APAE, a nossa vida mudou. Antes eu saía desesperada, ligando para todo mundo, passando cartão, fazendo loucura para conseguir atendimento. Ele precisa de estímulo todos os dias. Se eu paro dois dias, ele volta a perder habilidades como escovar os dentes e se alimentar. Ver ele avançando, mesmo devagar, é o que me dá força.”
“Meu neto precisa de dez horas semanais de terapia psicológica. Hoje ele tem trinta minutos. Como uma família sozinha vai pagar duzentos e cinquenta reais a hora? Não é um capricho, é necessidade para ele aprender a falar, comer sozinho, socializar, ter dignidade.”
“Há mães aqui que são mães solo. Não têm apoio financeiro, não têm rede de apoio familiar. É por isso que lutamos. Não é por luxo, é por desenvolvimento, por autonomia e por esperança.”
“O meu maior sonho é ouvir meu neto falar. Ele tem quase cinco anos, usa fraldas, se alimenta só de comida batida, não consegue mastigar, tem rigidez cognitiva. A APAE foi um milagre na nossa vida. Lá ele começou a sentar para comer, começou a olhar para as pessoas, começou a aceitar sair de casa. Isso é gigante.”
“Meu neto nunca descia do carro. No domingo, pela primeira vez, eu consegui levá-lo ao shopping, ele desceu e andou comigo. Para muita gente isso é pequeno. Para nós, isso é vitória, é vida. Se tirarem esse atendimento, ele pode regredir e perder tudo o que conquistou.”
“Nós não estamos implorando por privilégio. Estamos lutando pelo básico: que nossos filhos possam se desenvolver e ter uma vida digna. Estamos pedindo respeito, acolhimento e continuidade.”
“A APAE e a escola nos abraçaram. Quando pedimos professor auxiliar, fomos atendidas, e isso transformou tudo. Queremos só continuidade e segurança. Eles precisam. Nós dependemos disso.”
Junão continuou quando mães e avós , emocionadas, falaram e desabafaram suas dificuldades, E Junão finalizou deixando as mães mais tranquilas ,
A primeira coisa? Vocês não tem que implorar nada, quando assumi a prefeitura , foi para governar para todos, e gestão é isso, fazer o que estiver no alcance para que ninguém fique desassistido. Podem contar comigo, e eu só preciso do projeto em nossas mãos , agora é com as mães e a APAE.

