Em meio aos desafios crescentes da saúde pública brasileira, a Santa Casa de Misericórdia de Guaíra mostrou em números aquilo que a população já sente na prática: o peso e a importância do atendimento prestado todos os dias. No mês de maio de 2025, a instituição e o Pronto-Socorro municipal somaram 29.637 procedimentos realizados, o que equivale a quase mil atendimentos por dia, uma verdadeira maratona de cuidados, exames, acolhimentos e intervenções que sustentam o funcionamento do sistema local de saúde.
Desses atendimentos, 24.033 ocorreram no Pronto-Socorro, entre consultas de urgência, exames laboratoriais e de imagem, pequenos procedimentos cirúrgicos, administração de medicamentos, curativos e classificações de risco. O fluxo de pacientes é constante, muitas vezes ininterrupto. Só em aferição de pressão arterial foram 3.538 casos, sem contar as 3.843 aplicações de medicamentos, 278 eletrocardiogramas e mais de mil exames de radiologia. Os números falam por si e mostram a magnitude de um serviço essencial que, embora silencioso, é vital.
Já a Santa Casa, além das emergências, segue garantindo o cuidado hospitalar com 284 internações ao longo do mês, entre cirúrgicas, clínicas, obstétricas e pediátricas e 2.898 consultas especializadas, além de 2.422 exames com finalidade diagnóstica, que envolvem desde tomografias até ecocardiogramas e ultrassonografias. Cada dado representa uma vida que buscou ajuda, uma dor que encontrou acolhimento.
A divulgação deste relatório é, segundo a direção da Santa Casa, uma forma de manter a transparência e reafirmar o compromisso com a população guairense. Em tempos difíceis, em que a saúde pública enfrenta limitações de toda ordem, a instituição se mantém como referência regional, sustentada por profissionais comprometidos, estrutura funcional e um ideal que vai além da obrigação: o de cuidar, todos os dias, de quem mais precisa.
Números tão altos deveriam causar espanto. Mas o espanto maior é perceber que, mesmo diante da sobrecarga, a Santa Casa de Guaíra continua operando com dignidade, esforço e empatia — como se cada atendimento fosse o único. Porque, para quem está do outro lado da maca, geralmente é.