Com a chegada das férias, a Secretaria de Estado da Saúde reforça o alerta para que os cidadãos ainda não imunizados se vacinem contra a febre amarela, previamente a viagens programadas para o período. A vacina deve ser tomada com dez dias de antecedência para garantir proteção efetiva.
Ainda com objetivo de aumentar a proteção da população contra a doença, o setor decidiu ampliar e intensificar a vacinação em todo o território paulista. Assim, guairenses também já podem ser imunizados.
Para saber se pode ou não tomar a dose, o cidadão deve comparecer à Unidade de Saúde da Família mais próxima de sua residência, munido de sua carteirinha de vacinação.
Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído, transplantados, hemofílicos ou pessoas com doenças do sangue e de doença falciforme.
Não há indicação de imunização para grávidas que morem em locais sem recomendação para vacina, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide). Em caso de dúvida, é fundamental consultar o médico.
Balanços do Estado de SP
Embora a proporção de semanal de casos e óbitos humanos apresente queda, nos últimos meses, em comparação ao período de auge da doença – no início deste ano –, os dados de epizootias (morte ou adoecimento de macacos) evidenciam que o vírus continua circulando no território.
De janeiro de 2017, até 15 de junho, houve 561 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 214 deles evoluíram para óbitos. Desse total, 31,5% das infecções por febre amarela foram contraídas em Mairiporã e 10,2% em Atibaia. Essas duas cidades respondem por 42% dos casos de febre amarela silvestre no Estado, e já têm ações de vacinação em curso desde 2017.
Especificamente no último mês – entre 14 de maio e 15 de junho –, foram registrados 36 casos e 19 óbitos, o que indica uma queda de aproximadamente 75% na média mensal de casos novos verificada entre janeiro e março, e de mais de 60% com relação ao número de óbitos.
Com relação às epizootias, de julho de 2017, até o momento, foram confirmados 760 casos envolvendo macacos. A região com maior concentração é a Grande São Paulo, com 47% dos casos, seguida por Campinas, com 33%.