Secretaria de saúde corre contra o tempo para a implantação dos 10 leitos de UTI em Guaíra

Governo já enviou para o Estado três cotações de preço para aluguel dos equipamentos e tenta localizar profissionais qualificados para trabalhar na Unidade de Terapia Intensiva

Cidade
Guaíra, 26 de março de 2021 - 13h26

O secretário municipal de saúde, Jorge Uatanabe, confirmou ao Jornal O Guaíra que a Unidade de Terapia Intensiva, que será feita provisoriamente na Santa Casa de Misericórdia de Guaíra, terá 10 leitos para atendimento de pacientes com covid-19 em estado grave.

Para os leitos entrarem em funcionamento, foi viabilizada uma parceria entre o município e o Governo de São Paulo. Inclusive, a prefeitura já enviou três cotações de preço de aluguel dos equipamentos necessários ao estado e aguarda retorno. Enquanto isso, também tenta fazer a contratação de uma empresa terceirizada que fornecerá os recursos humanos necessários. “Estamos correndo contra o tempo para conseguir a UTI o mais rápido possível. Cada dia que passa, é mais uma adversidade que aparece. Já fizemos a cotação de preços, já enviada ao estado para o aluguel dos aparelhos e estamos procurando RH, que no momento está difícil encontrar, porque tem que ter especialidade. Precisamos de nefrologista intensivista, quatro médicos intensivistas, fisioterapeuta, farmacêutico, enfermeiros, técnicos de enfermagem, tudo acostumados com UTI. Fora recepção, entre outras coisas”, disse Jorge.

O secretário afirmou que a Santa Casa continuará com a ala de gripário e que já separou um espaço para a Unidade de Terapia Intensiva. “A vigilância de Barretos e a Regional de Barretos já fizeram readequação do local para que a gente possa fazer a UTI. Estamos, agora, dependendo que o estado feche o aluguel dos aparelhos e a gente está tentando fechar o corpo clínico (RH). Estamos trabalhando para isso, diariamente.”

Para funcionar, segundo Jorge, uma UTI com 10 leitos gasta-se em torno de R$ 900 mil/mês, dependendo do número de internados. Como o funcionamento dos leitos será custeado por meio de um convênio com o Estado de São Paulo e o SUS, a contrapartida da prefeitura será algo de aproximadamente R$ 250 mil/mês e a Santa Casa custeará materiais, alimentação, entre outros.

Uatanabe afirma que serão utilizados recursos vindos do governo federal para a covid-19. “Não gastamos todo o valor no ano passado, guardamos uma verba em torno de R$ 2,5 milhões, para serem utilizados para covid para qualquer setor. Dois milhões seriam para comprar a vacina, mas, como ainda não é possível que a prefeitura faça a compra do imunizante, surgiu a oportunidade de montarmos essa UTI provisória, com a possibilidade de torná-la definitiva após a pandemia”, destaca o secretário, lembrando que esta é uma demanda antiga da população.

A UTI provisória funcionará por três meses, podendo ser prorrogada por mais três, dependendo da situação da pandemia. “E, depois que acabar essa loucura, poderemos ter uma UTI definitiva na nossa cidade”, finaliza.


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