Secretaria de Saúde de SP justifica adiamento de vacinação contra raiva

Segundo o governo estadual, a campanha foi adiada para evitar aglomerações, por conta da pandemia; vacina antirrábica pode ser aplicada na rotina

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Guaíra, 6 de agosto de 2020 - 07h45

A Secretaria de Estado da Saúde e os municípios de SP decidiram adiar a campanha de vacinação contra a raiva para cães e gatos de 2020, visando à prevenção da COVID-19. A medida foi discutida entre a pasta e as cidades na chamada “CIB” (Comissão Intergestores Bipartite) e segue recomendações do Ministério da Saúde, órgão do Governo Federal, que prevê a reprogramação da campanha antirrábica para redução do risco de contágio da COVID-19.

“Devido ao risco de transmissão do novo coronavírus em situações que geram aglomeração, as equipes técnicas de saúde estadual e municipais optaram por manter apenas a imunização de rotina, disponível nos serviços de saúde municipais ou estabelecimentos médico-veterinários privados, sendo responsabilidade do tutor ou proprietário zelar pela saúde do animal de estimação. Tradicionalmente, a ação ocorria entre os meses de agosto e setembro. A campanha poderá ser reprogramada a depender do cenário epidemiológico do novo coronavírus, e qualquer definição será discutida com os municípios e amplamente comunicada à população”, afirma o setor.

“Em SP, as ações de vigilância, prevenção e controle da raiva são constantes, e há mais de duas décadas foi eliminada a circulação da variante canina”, explica a diretora do Instituto Pasteur, Luciana Hardt.

Desde 1997, SP não registra casos de raiva em humanos provocadas pela variante canina, e desde 1998 não há casos caninos e felinos. Casos esporádicos podem ocorrer pela variante de morcego, sendo o último registro de 2018 após contato direto da vítima com morcego infectado (vivo ou morto). “Por isso, é fundamental que esses animais não sejam manipulados caso sejam encontrados nas residências, quintais e áreas com vegetação. O cidadão que encontrar um morcego caído, por exemplo, deve acionar os profissionais de saúde do município, para que recolham e encaminhem devidamente para diagnóstico laboratorial”, complementa Hardt.

Os morcegos são animais silvestres protegidos por lei, e contribuem com o meio ambiente porque agem na polinização de flores, dispersão de sementes, controle da população de insetos. Portanto, não devem ser exterminados em qualquer hipótese.

 

 


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