Na edição de 06 de junho, o jornal O Guaíra apresentou, em sua capa, os dados de um levantamento feito pelo Sindicato dos Delegados de São Paulo, mostrando que, em média, a Polícia Civil trabalha com apenas 65% dos seus cargos ocupados, confirmando a falta de recurso humanos na segurança pública dos municípios paulistas. Quando o foco é a região de Barretos, o cenário é ainda pior: a seccional de Barretos, que abrange Guaíra, está muito abaixo da média estadual e atua com somente 55%.
Em nota oficial, a Secretaria estadual de Segurança Pública rebateu esses dados, afirmando que o número é suficiente para atender as demandas das cidades. “O atendimento na unidade é feito normalmente e o efetivo é suficiente para atender a demanda da cidade”, justifica governo estadual sobre a situação de Guaíra, que conta, atualmente, apenas com um delegado, dois escrivães, dois investigadores e quatro agentes policiais (três fazem plantão fora e apenas um fica na cidade), para trabalhar com, possivelmente, mais de 400 inquéritos policiais que encontram-se em andamento. Na Delegacia da Mulher (DDM) há apenas uma servidora; uma delegada vem de fora para atender as ocorrências.
“A Secretaria da Segurança Pública investe continuamente na valorização, ampliação e recomposição do efetivo policial em todo o Estado, que atualmente conta com mais 110 mil policiais entre civis, militares e técnico-científicos. Estão em formação nas academias mais 3.226 policiais, sendo 2.581 PMs, 638 policiais civis e sete técnico-científicos. Além disso, novos concursos foram autorizados pelo governador João Doria com mais de 5 mil vagas para as três instituições. No ano passado, foram investidos mais de R$ 140 milhões para a aquisição de novas armas e tecnologias”, aponta a nota.
O Sindicato argumenta que esse déficit prejudica o trabalho dos servidores, sobrecarregando os policiais, que chegam a realizar a função que deveria ser feita por 4 pessoas, comprometendo muito a qualidade do serviço de investigação e a segurança pública dos moradores da região.