Tarcísio anuncia escolas cívico-militares em SP após Lula encerrar programa de Bolsonaro

Governador prometeu editar decreto para regular programa estadual

Cidade
Guaíra, 17 de julho de 2023 - 12h08

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou na noite de quarta-feira a sua intenção de editar um decreto para estabelecer um programa estadual de escolas cívico-militares. Esse anúncio veio horas depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou a decisão de encerrar o programa nacional instituído por seu antecessor, Jair Bolsonaro.

Tarcísio destacou a importância de um ensino de qualidade e da transmissão de valores corretos para os jovens, mencionando sua experiência como aluno de Colégio Militar. Em suas redes sociais, ele afirmou que o Governo de São Paulo irá editar um decreto para regulamentar o programa estadual de escolas cívico-militares e expandir esse formato educacional por todo o estado.

Até o ano passado, o estado de São Paulo possuía 16 escolas participantes do programa proposto pelo governo de Bolsonaro, no qual Tarcísio ocupava o cargo de ministro da Infraestrutura. Nacionalmente, o governo federal investiu quase R$ 100 milhões no programa.

O anúncio de Tarcísio pode ser visto como uma tentativa de se aproximar do eleitorado bolsonarista após uma semana de tensões entre o governador e o ex-presidente. Eles discordaram quanto à aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados, sendo Tarcísio favorável e Bolsonaro contrário.

Quanto ao encerramento das escolas cívico-militares, o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), criado em 2019, foi implementado em 2020 em 51 escolas e teve sua expansão para 216 unidades em 2021 e 2022, envolvendo um aumento significativo nos investimentos.

A decisão de encerrar o programa foi comunicada por meio de um ofício enviado aos secretários estaduais de todo o país esta semana. O documento informa que foi deliberado o “progressivo encerramento” do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares após uma avaliação conduzida pela equipe da Secretaria de Educação Básica, do Ministério da Defesa e do Ministério da Educação.

O ofício também menciona que, a partir dessa definição, será iniciado um processo de desmobilização gradual do pessoal das Forças Armadas envolvido na implementação do programa, assim como a adoção de medidas que permitam o encerramento do ano letivo de forma adequada às atividades educativas.


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