Telemedicina, sem caminho de volta

O noticiário recente e pesquisas acerca do tema, como a publicada em julho pela consultoria Mckinsey, que relata o aumento de atendimentos de telessaúde, a aceitação dos pacientes e os investimentos contabilizados para potencializar esse segmento, reiteram essa máxima. O fato é que em meio aos recentes surtos de Covid-19 e Influenza, com hospitais congestionados, profissionais da saúde impactados pelas enfermidades e muitas pessoas buscando diagnóstico para a adoção dos protocolos cabíveis, mais uma vez, a telemedicina ganha espaço, suporta o sistema de saúde e traz mais tranquilidade, agilidade, comodidade e segurança àqueles que utilizam o serviço. Isso porque o paciente pode ser atendido por uma série de profissionais, que podem estar em qualquer localidade, sem o risco de contaminação, sem longas filas, sem gastos adicionais de deslocamento ou a preocupação de escassez de corpo clínico, como ocorre em algumas cidades.
O que estou querendo dizer é que, dos mais de 6 milhões de atendimentos registrados desde o início da pandemia pelo Grupo Conexa, o crescimento nas últimas semanas foi exponencial e tem nos ajudado a compreender que não se trata de mais um movimento de escolha em meio à escassez, mas de um comportamento em prol dos benefícios agregados. Em todo o Brasil, entre novembro de dezembro de 2021, registramos aumento de 150% nos atendimentos digitais. Algo que continua em alta e oferta um tempo de espera extremamente aceitável, como o de 28 min, atingido em 11 de janeiro de 2022. Mesmo com a alta procura, os 70 mil profissionais que operam em nossa plataforma se fazem engajados e querem contribuir para que todos saiam dessa situação alarmante.
E o mais relevante em meio a todos esses argumentos é que, independentemente da urgência, um atendimento via telemedicina nunca é somente na causa. Apresentar um perfil de análise mais ampla, que respalde a saúde integral, no momento e após uma infecção, por exemplo, se faz fundamental. O principal ponto não é auxiliar na cura ou tratamento da doença, mas manter aquele paciente saudável, ao longo das semanas, meses e anos.
Tudo se dirige para uma via em que cuidemos de nossa saúde da mesma forma e facilidade que verificamos os posts no feed de uma rede social. Se somos capazes de nos adaptar ao novo – e disso eu não tenho dúvidas – como não reconheceremos uma solução voltada ao nosso bem-estar e à democratização da saúde? Sim, não há dúvidas, a telemedicina já é realidade e só tende a melhorar.


