
Segundo dados repassados, o rapaz, muito conhecido pela família, pois seus familiares são vizinhos há 40 anos, invadiu a residência na madrugada de domingo (05), por volta das 2h e tentou forçar a entrada na casa, acordando a filha da proprietária do imóvel que estava dormindo na casa para cuidar de sua mãe acamada.
Ele a chamou pelo nome e pediu para que ela abrisse a porta, pois estava fugindo da polícia, porém, conseguiu forçar a entrada antes mesmo de ela reagir, pegando-a pelos cabelos e a arrastando até o quintal da residência. Eles brigaram por, aproximadamente, 30 minutos. A vítima conseguiu evitar o estupro, apesar de levar muitos socos na cabeça e quase perder todas as forças que tinha para brigar por sua vida.
Quando conseguiu gritar, outro vizinho escutou e ameaçou chamar a polícia, gritando do outro lado do muro, na tentativa de parar o rapaz antes dele fazer algo pior. O indivíduo tentou fazer a vítima de refém, obrigando-a a dizer que não era para chamar os policiais. Dessa maneira, o vizinho ameaçou pular com um facão, o que acabou assustando o bandido, que fugiu logo em seguida.
“Minha mãe, mesmo em uma cama imóvel, gritava por socorro. Foi por Deus que um vizinho escutou tudo e disse que iria chamar a polícia. Minha irmã e minha mãe estão em choque”, contou um dos familiares através das redes sociais.
Sem conseguir falar no 190, a família entrou em contato com a Polícia Militar pelo telefone fixo do batalhão. Os policiais se deslocaram até a residência e atenderam a vítima, encaminhando-a para a Delegacia da Mulher, na segunda-feira, 06.
Os familiares estão em choque. “Não temos segurança nem mesmo dentro de nossas casas, e a maldade está bem do nosso lado. Foi Deus quem livrou elas de uma tragédia maior.” Eles estão assustados, pois conheciam o rapaz, que está livre da cadeia desde setembro de 2019.
“Foi uma madrugada de terror. Me desculpem, mas tinha que falar isso aqui pra vocês: nós, mulheres, estamos sendo cada vez mais vítimas de agressão e estupro. Ela poderia ser hoje mais uma estatística. Se cuidem, não confiem em ninguém, nem mesmo naquele que é seu vizinho, que você viu nascer! Muita tristeza e dor nesse momento”, encerra o depoimento.
O Jornal O Guaíra não divulga nomes na reportagem para não comprometer a segurança e a privacidade da vítima.

