Usinas Guaíra e Colorado fornecem 18 cilindros de oxigênio à Santa Casa

Doação vem em um momento crítico da saúde pública em todo o país, pois faltam equipamentos para fornecer oxigênio aos pacientes em diversos municípios

Cidade
Guaíra, 24 de março de 2021 - 12h47

Sabendo da necessidade do equipamento para manter o oxigênio aos pacientes, e por conta da escassez em todo o Estado, a Usina Açucareira Guaíra e a Usina Colorado aquiriram 18 unidades de cilindros para a Santa Casa de Misericórdia de Guaíra.

Através de Eli Ferreira e do Dr. Eduardo Junqueira da Motta Luiz, as empresas conseguiram disponibilizar os aparelhos durante o tempo que for preciso, para que o único hospital da cidade possa atender seus pacientes com qualidade. 

O interventor Marcio Bento demonstrou a importância da doação. “Com o aumento de internações com pacientes atendidos por COVID-19  houve um aumento considerável do uso de oxigênio. A doação de cilindros por parte das Usinas Colorado e Guaíra faz com que a Santa Casa tenha uma margem de segurança  para atender os pacientes, urgência e emergência e outras patologias que possam vir a usar o oxigênio.”

 

Em SP

Nesta semana, o governo do Estado de SP realizou reunião virtual com fornecedores de gases hospitalares e demais empresas que podem contribuir com a produção e logística de oxigênio em todo Estado. O Governo de SP vai mobilizar a iniciativa privada para garantir o fornecimento do gás hospitalar e dos cilindros necessários para a criação de novos leitos. Para os leitos já existentes, os fornecedores asseguraram o fornecimento, sem riscos de desabastecimento.

“Nós estamos fazendo um grande chamamento ao setor privado, para que aqueles que possuem cilindros de oxigênio possam doar ou emprestar para o Estado. O objetivo é atender a todos os municípios que precisam de oxigênio o mais rápido possível”, destacou o presidente da InvestSP, Wilson Mello.

 

Faltam cilindros em todo o país

Dirigentes de fábricas de oxigênio relatam dificuldades para prever o aumento da demanda gerada pela pandemia no novo coronavírus. Entre outros problemas, o setor ainda enfrenta a escassez de cilindros e de mão de obra especializada para fazer o transporte do produto.

O executivo da empresa Air Products Brasil, Rafael Silva, explica que a falta de informação para antecipar o aumento da produção é o principal problema no momento. “O problema é a falta de previsibilidade ou de programação para a empresa. Temos hospitais que multiplicaram em 7, 8, 10 vezes o seu consumo de oxigênio”, alerta Silva. 

O presidente da Indústria Brasileira de Gases, Newton de Oliveira, explica que a dimensão dos atuais equipamentos é outro obstáculo para expandir a oferta de oxigênio no país.

O diretor de logística do Ministério da Saúde, Ridauto Lúcio Fernandes, reconheceu que faltam cilindros nos hospitais. Para o representante da pasta, o transporte e armazenamento do oxigênio gasoso é muito difícil e que o ideal seria ampliar a capacidade de transporte e armazenamento do gás no formato líquido.

De acordo com a diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Meiruze Freitas,a agência solicitou às indústrias de oxigênio, no último dia 13 de março, informações sobre a capacidade de produção e expansão do setor.

O último boletim divulgado pela Fundação Fiocruz, nesta semana, afirma que 25 das 27 unidades da federação apresentavam taxas de ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 acima de 80%, sendo 14 estados mais o Distrito Federal, com taxas de ocupação acima de 90% nos leitos do Sistema Único de Saúde.


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