Valdelício Santos é condenado a 30 anos de prisão

A família de Adriele aguardava que a justiça fosse feita, há 3 anos. Valdelício foi a júri popular por assassinar Adriele.

Cidade
Guaíra, 10 de novembro de 2021 - 15h23

Aconteceu nesta terça-feira, 9 de novembro, o julgamento de Valdelicio dos Santos, às 9h30, no Fórum da Comarca de Guaíra. O julgamento foi realizado pelo juiz de Direito Dr. Anderson Valente e pelo promotor Dr. Diego Antônio Bispo Lelis. O júri condenou Valdelício por 30 anos de prisão.

No decorrer da audiência, Ana Cláudia Freitas, mãe de Adriele, disse que esperava que a justiça fosse feita. “Eu espero que a justiça seja feita. Eu sei que é de Deus, essa ninguém corre. Mas, eu quero que a justiça da terra seja feita. O que eu mais peço, durante esses 3 anos, é a justiça”, afirmou Ana.

Ela explicou como reagiu quando soube do julgamento de Valdelício. “No dia em que meu advogado avisou, eu já fiquei em desespero. Porque é difícil para uma mãe ficar frente a frente com o assassino de sua filha”, afirmou.

“Passou o filme na minha cabeça. Dos relatos dela me falando do ocorrido, ela apanhou por dois meses. E no dia que ela decidiu terminar com ele, ele assassinou ela. Infelizmente, na nossa frente”, disse Ana Cláudia.

Ana Cláudia ainda relatou como foi estar no mesmo ambiente que Valdelicio. “Ele ficou só de cabeça baixa e balançando a cabeça. Não olhou nos meus olhos”.

Ela explicou sobre o julgamento de Valdelicio dos Santos. “Ele está sendo acusado por 4 qualificadoras, e a advogada dele disse que seria a mesma coisa, feminicídio e motivo torpe. Ela pediu para tirar um agravante. Só que não foi aceito em nenhuma instância”, disse Ana Cláudia.

O caso de Adriele repercutiu tanto na mídia nacional e internacional. “ Ela era judoca, recebi até mensagens dos Estados Unidos, de pessoas que lutaram com ela. Não é só Guaíra que está mobilizada, não é só aqui que pede por justiça, é uma multidão que está atrás por justiça”, disse.

Valdecio foi acusado de homicídio doloso, quando há intenção de matar, com 4 qualificadoras: motivo torpe, emboscada (dificuldade a defesa da vítima), meio cruel e feminicídio.

De acordo com o TJ-SP, as qualificadoras de feminicídio e motivo torpe são compatíveis. Uma vez que a qualificadora do feminicídio tem natureza objetiva e a do motivo torpe é subjetiva, elas não são incompatíveis entre si e podem ser aplicadas simultaneamente.

Ana Cláudia contou que já sonhou com a filha, e que está com a guarda da neta. “Eu já sonhei com ela várias vezes. E em todos os sonhos ela entrega uma criança em meus braços. Eu creio que é a filhinha dela. Hoje eu estou com a guarda dela. E isso me conforta muito, quando eu sonho com ela”, disse.

Após a audiência ter terminado, Ana Cláudia disse que, “ graças a Deus, foi feita a justiça”.


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