Vereador constata falta de solução para resíduos de couro em Guaíra

Geral
Guaíra, 25 de maio de 2017 - 08h15

Após quase cinco meses do início do atual Governo, Moacir Gregório verificou que prefeitura não solucionou problema do lixo tóxico. Risco eminente de contaminação do lençol freático faz parlamentar cobrar providências da atual administração

Moacir Gregório confirmou que material está depositado irregularmente com risco de contaminação do lençol freático

Moacir Gregório confirmou que material está depositado irregularmente com risco de contaminação do lençol freático

O vereador Moacir Gregório (PSB) visitou, na tarde da última segunda-feira (22), as dependências da Usina de Reciclagem de Lixo, onde também está localizado o aterro sanitário, e verificou a situação dos detritos de couro, que foram colocados irregularmente em duas áreas pertencentes à prefeitura em meados de 2016.

A denúncia inicial foi apresentada pela parlamentar Ana Beatriz Coscrato Junqueira, a Dra. Bia Junqueira (PSDB). O material tinha sido removido de uma área ao lado do aterro para um galpão da Usina de Reciclagem, mas, como o local está cedido a uma cooperativa, o resíduo industrial foi transferido para uma área aberta e apenas coberto com uma lona plástica.

Moacir constatou que o couro continua armazenado do lado externo do prédio. Além de causar mau cheiro, com a chuva, um líquido semelhante ao chorume está escorrendo pelo solo, com grande possibilidade de contaminação do lençol freático.

Gregório afirmou que a atual gestão já teve prazo para solucionar este problema. “É a mesma situação deixada pela administração anterior. Não houve solução, muito pelo contrário, parece que estão empurrando com a barriga. O governo passado não resolveu e este também não. Agora, como vereador não posso deixar que isto continue ocorrendo em nosso município. Com a possibilidade de contaminação onde está o Aquífero Guarani que abastece a cidade, uma situação como esta chega à beira da omissão”, disse.

Na visão do edil, a prefeitura já deveria ter encontrado respostas para o resíduo. “Se existe um alto custo para incinerá-lo, que depositasse o material em local adequado que não representasse risco algum, principalmente para o meio ambiente.”

Ao lado da área onde está o couro está localizado o escritório da Cooperativa de Catadores de Recicláveis. Cerca de oito pessoas trabalham diariamente e convivem com o mau cheiro, que também pode prejudicar a saúde dos mesmos.

Moacir afirmou que vai cobrar providências do Poder Executivo. “Quando estive visitando a área liguei para o Chefe de Serviços Urbanos, Juninho do Vartão e ele me falou que estavam buscando uma resposta. Agora eu pergunto, é para ontem ou para hoje? Vou cobrar”, destacou.

INVESTIGAÇÃO

Gregório também comentou o processo de investigação que foi aberto dentro da administração municipal para apurar os responsáveis pelo depósito dos resíduos de solo. A ação foi instaurada após a denúncia da vereadora Ana Beatriz Coscrato Junqueira. Segundo ele, o inquérito deve ser feito tanto pelo Poder Executivo como pela polícia. “O que não podemos é aceitar que isto ocorra novamente. Não devemos também ficar olhando para o retrovisor, no que já foi feito, sem propor uma solução”, finalizou Moacir.


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