Vereador denuncia estado de abandono de instalações da antiga Usina de Reciclagem

O prefeito José Eduardo apresentou justificativas sobre o que aconteceu no local e porque a cooperativa que era responsável pelos serviços não pode mais atuar na área

Cidade
Guaíra, 12 de março de 2020 - 11h13

Na última quarta-feira, 26, o vereador Moacir João Gregório realizou uma visita nas instalações da antiga Usina de Reciclagem de Lixo, localizada em área pertencente à prefeitura, na rodovia Assis Chateaubriand, a SP-425, para verificar a situação do espaço público. Ele obteve informações sobre as condições da Cooperativa dos Catadores de Recicláveis que estava instalada no local e, que de acordo com o que foi apurado, não está mais em atividade.

A preocupação de Moacir é que está tramitando na Câmara um projeto de lei de autoria do Poder Executivo que prevê a terceirização da coleta seletiva de recicláveis em Guaíra. Neste documento não existe garantia que a empresa vencedora da licitação para prestar o serviço ao município irá absolver as pessoas que já trabalham com a coleta na cidade.

Gregório afirma que encontrou o prédio em situação precária. “Devido à falta de vigia à noite e finais de semana, o espaço tem sido alvos de furtos e depredações. Uma situação muito preocupante, uma vez que é um patrimônio público que foi abandonado pela atual administração e está sendo destruído aos poucos”, comentou.

Existem galpões com material reciclável e embalagens de defensivos agrícolas que são depositadas por produtores rurais. Como a área está sem vigia e equipamentos de segurança, existe possibilidade deste material ser furtado, gerando ainda mais prejuízo para os cofres públicos e risco até mesmo de descarte ilegal.

Para o vereador, a atual administração não está cumprindo com sua obrigação de zelar pelo patrimônio público. “Como não fazem a guarda de um patrimônio, ele é depredado e isto é um crime contra os cofres públicos, uma vez que terá que promover reformas no futuro. Este é o governo da falta de comprometimento com o que pertence aos cidadãos, uma grande irresponsabilidade deixar este espaço sem nenhuma segurança”, destacou Moacir.

PREFEITURA SE PRONUNCIA

O prefeito José Eduardo explicou o que está acontecendo e porque a cooperativa não pôde mais atuar no serviço de coleta seletiva, deixando de utilizar o local. “Há uns 60 dias, o pessoal foi lá e invadiu por conta de não ter nenhuma atividade. Quebraram porta, uma parte do banheiro… Não fiz nenhuma intervenção pelo seguinte: infelizmente a cooperativa teve um problema trabalhista e não teve como continuar esse processo. Na última sessão coloquei na câmara um projeto que faço a concessão da usina de reciclagem. A prefeitura vai fazer a concessão, as pessoas vão cuidar, organizar e colocar a usina para funcionar, porque não temos estrutura para fazer o trabalho de coleta seletiva”, esclareceu.

José Eduardo afirma que, como houve a depredação, não dá para fazer reforma no prédio até sair o convênio que está na Câmara. “O Zé Mendonça pediu, não sei qual motivo, 15 dias. Se tivesse votado na sessão anterior eu já estava dando andamento ao processo, haja visto que tem pessoas interessadas. A cooperativa está com sérios problemas e não pode mais contratualizar com a prefeitura.”

Em relação ao restante do espaço, o prefeito diz que o governo municipal está finalizando a situação sobre o aterro. “Estamos contratando uma empresa para poder finalizar tecnicamente o aterro e lá, naquela localidade, além do aterro temos a antiga estrutura da usina de reciclagem e temos o barracão que era da antiga cooperativa. Do lado do barracão tem uma estrutura de escritório e no fundo tem um barracão para embalagem de defensivos, da Araguair, que está normal, a prefeitura fez intervenção e o pessoal está recebendo os vasilhames”, encerra.


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